2 Reis

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2 REIS CAPITULO 1

1 Depois da morte do rei Acabe, de Israel, o país de Moabe se revoltou contra Israel.

2 O rei Acazias, que ficou no lugar de Acabe, caiu do terraço do alto do seu palácio em Samaria e ficou muito ferido. Então mandou que alguns mensageiros fossem consultar Baal-Zebube, o deus da cidade filistéia de Ecrom, a fim de saber se ia sarar.

3 Mas um anjo do SENHOR mandou que Elias, o profeta de Tisbé, fosse encontrar-se com os mensageiros do rei Acazias e lhes perguntasse assim: “Por que vocês estão indo consultar Baal-Zebube, o deus de Ecrom? Por acaso, pensam que não há Deus em Israel?

4 Digam ao rei que o SENHOR Deus diz: ‘Você não vai sarar dos seus ferimentos; você vai morrer!’” Elias fez o que Deus havia mandado,

5 e os mensageiros voltaram para o lugar onde o rei estava. Ele perguntou: —Por que vocês voltaram?

6 Eles responderam: —Um homem se encontrou com a gente e disse que voltássemos e disséssemos que o SENHOR manda perguntar o seguinte: “Por que é que você está mandando mensageiros para consultarem Baal-Zebube, o deus de Ecrom? Será que você pensa que não há Deus em Israel? Você não vai sarar dos seus ferimentos; você vai morrer!”

7 Como era o homem que lhes disse isso? —perguntou o rei.

8 E eles responderam: —Ele estava usando uma capa de pele de animais, amarrada com um cinto de couro. —É Elias, o profeta de Tisbé! —disse o rei.

9 Então mandou que um oficial fosse com cinqüenta soldados prender Elias. O oficial o encontrou sentado no alto de um morro e disse: —Homem de Deus, o rei mandou você descer daí.

10 Elias respondeu: —Se eu sou um homem de Deus, que venha fogo do céu e mate você e os seus soldados! No mesmo instante desceu fogo do céu e matou o oficial e os seus soldados.

11 O rei enviou outro oficial com cinqüenta soldados. Ele subiu e disse a Elias: —Homem de Deus, o rei ordenou que você desça daí agora mesmo!

12 Elias respondeu: —Se eu sou um homem de Deus, que venha fogo do céu e mate você e os seus soldados! No mesmo instante o fogo de Deus desceu e matou o oficial e os seus soldados.

13 Mais uma vez o rei mandou um oficial com cinqüenta soldados. Ele subiu o morro, ajoelhou-se em frente de Elias e pediu: —Homem de Deus, por favor, não acabe com a minha vida nem com a vida destes cinqüenta homens!

14 Os outros dois oficiais e os seus soldados foram mortos pelo fogo do céu; mas tenha dó de mim, por favor!

15 O anjo do SENHOR disse a Elias: —Desça com ele e não tenha medo. Então Elias foi junto com o oficial falar com o rei

16 e disse: —O SENHOR Deus diz assim: “Ó rei, você agiu como se em Israel não houvesse Deus para consultar e mandou mensageiros para consultarem Baal-Zebube, o deus de Ecrom. Por isso, você não vai ficar bom; você vai morrer!”

17 E Acazias morreu, como o SENHOR tinha dito por meio de Elias. Acazias não tinha filhos, e por isso o seu irmão Jorão ficou no lugar dele como rei. Isso aconteceu no segundo ano do reinado de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá.

18 Todas as outras coisas que o rei Acazias fez estão escritas na História dos Reis de Israel.


2 REIS CAPITULO 2

1 Chegou o tempo de o SENHOR Deus levar Elias para o céu num redemoinho. Elias saiu de Gilgal junto com Eliseu

2 e no caminho Elias disse: —Fique aqui porque o SENHOR me mandou ir até Betel. Mas Eliseu disse: —Juro pelo SENHOR e pelo senhor que eu não o deixarei. E assim os dois foram até Betel.

3 Um grupo de profetas que morava ali foi falar com Eliseu e lhe perguntou: —Você sabe que hoje o SENHOR vai levar o seu mestre para longe de você? —Sim, eu sei! —respondeu Eliseu. —Mas não vamos falar nisso.

4 Então Elias disse a Eliseu: —Fique aqui porque o SENHOR me mandou ir até Jericó. Mas Eliseu disse: —Juro pelo SENHOR Deus e pelo senhor que eu não o deixarei. E assim os dois foram até Jericó.

5 Um grupo de profetas que morava ali foi falar com Eliseu e perguntou: —Você sabe que hoje o SENHOR vai levar o seu mestre para longe de você? —Sim, eu sei! —respondeu Eliseu. —Mas não vamos falar nisso.

6 Aí Elias disse a Eliseu: —Fique aqui porque o SENHOR me mandou ir até o rio Jordão. Mas Eliseu disse: —Juro pelo SENHOR Deus e pelo senhor que não o deixarei. Então eles saíram,

7 e cinqüenta profetas os seguiram até o rio Jordão. Elias e Eliseu pararam perto do rio, e os profetas ficaram olhando de longe.

8 Aí Elias tirou a sua capa, enrolou-a e bateu com ela na água. A água se abriu, e ele e Eliseu passaram para o outro lado, andando em terra seca.

9 Ali Elias disse a Eliseu: —Diga o que você quer que eu faça por você antes que eu seja levado embora. Eliseu disse: —Quero receber como herança duas vezes mais poder do que você tem.

10 Elias disse: —Esse pedido é difícil de atender. Mas você receberá o que está me pedindo se me vir quando eu estiver sendo levado para longe. Se você não me vir, não receberá.

11 E assim foram andando e conversando. De repente, um carro de fogo puxado por cavalos de fogo os separou um do outro, e Elias foi levado para o céu num redemoinho.

12 Eliseu viu o que aconteceu e gritou: —Meu pai, meu pai! O senhor sempre foi como um exército para defender Israel! E nunca mais ele viu Elias. Muito triste, Eliseu rasgou a sua capa pelo meio.

13 Depois pegou a capa de Elias, que havia caído, voltou para a beira do rio Jordão e parou ali.

14 Então bateu na água com a capa de Elias e disse: —Onde está o SENHOR, o Deus de Elias? Aí bateu de novo na água, e ela se abriu, e ele passou para o outro lado.

15 Os cinqüenta profetas de Jericó viram isso e disseram: —O poder de Elias está com Eliseu! Então foram encontrar-se com ele, ajoelharam-se diante dele

16 e disseram: —Nós que estamos aqui somos cinqüenta homens fortes. Deixe que vamos procurar o seu mestre. Talvez o Espírito do SENHOR Deus o tenha carregado e deixado em alguma montanha ou em algum vale. —Não! Vocês não devem ir! —respondeu Eliseu.

17 Mas eles insistiram, até que ele mudou de idéia e deixou que fossem. Os cinqüenta foram e durante três dias procuraram Elias por toda parte, porém não o acharam.

18 Então voltaram a Jericó, onde Eliseu estava esperando. Eliseu disse: —Eu não falei para vocês não irem?

19 Alguns homens de Jericó foram falar com Eliseu e disseram: —Como o senhor sabe, esta cidade é boa, mas a água não presta e provoca abortos.

20 Então Eliseu mandou: —Ponham um pouco de sal num prato novo e tragam para mim. Eles levaram,

21 e Eliseu foi até a fonte, jogou o sal na água e disse: —O que o SENHOR Deus diz é isto: “Eu fiz esta água ficar pura, e ela não provocará mais mortes nem abortos.”

22 E aquela água ficou pura até hoje, como Eliseu disse que ia ficar.

23 Eliseu saiu de Jericó para ir a Betel. Ele ia andando pela estrada, quando alguns rapazes saíram de uma cidade e começaram a caçoar dele, gritando assim: —Ô seu careca, fora daqui!

24 Eliseu virou para trás, olhou firme para os rapazes e os amaldiçoou em nome de Deus, o SENHOR. Então duas ursas saíram do mato e despedaçaram quarenta e dois deles.

25 Dali Eliseu foi até o monte Carmelo e depois voltou para Samaria.


2 REIS CAPITULO 3

1 No ano dezoito do reinado de Josafá, de Judá, Jorão, filho de Acabe, se tornou rei de Israel e governou doze anos em Samaria.

2 Ele pecou contra Deus, o SENHOR, porém não foi como o seu pai ou a sua mãe Jezabel. Jorão derrubou a coluna do deus Baal que o seu pai havia mandado levantar.

3 No entanto, como o rei Jeroboão, filho de Nebate, havia feito antes dele, Jorão levou o povo de Israel a cometer os mesmos pecados, sem parar.

4 O rei Mesa, do país de Moabe, criava carneiros e todos os anos entregava como imposto ao rei de Israel cem mil carneirinhos e a lã de cem mil carneiros.

5 Porém, quando o rei Acabe morreu, Mesa se revoltou contra Israel.

6 Por isso, o rei Jorão saiu imediatamente de Samaria e reuniu todo o seu exército.

7 Ele mandou ao rei Josafá, de Judá, o seguinte recado: —O rei de Moabe se revoltou contra mim. Você quer ir comigo guerrear contra Moabe? O rei Josafá respondeu: —Eu irei. Estou às suas ordens, e assim também os meus soldados e os meus cavalos.

8 Que caminho pegaremos para o ataque? —Nós iremos pelo caminho do deserto de Edom! —disse Jorão.

9 E assim o rei Jorão, o rei de Edom e o rei de Judá partiram e marcharam sete dias. Então a água acabou, e não havia água nem para os homens nem para os animais de carga.

10 Aí o rei Jorão exclamou: —Estamos perdidos! O SENHOR Deus nos entregou, os três, ao rei de Moabe!

11 O rei Josafá perguntou: —Existe por aqui algum profeta de Deus, o SENHOR, para que consultemos o SENHOR por meio dele? Um oficial do exército do rei Jorão respondeu: —Eliseu, filho de Safate, está por aí. Ele era o ajudante de Elias.

12 Ele é profeta e diz o que o SENHOR manda! —disse o rei Josafá. Então os três reis foram falar com Eliseu.

13 Mas ele disse ao rei de Israel: —O que é que eu tenho com isso? Vá falar com os profetas que o seu pai e a sua mãe consultavam! Jorão disse: —Não, pois foi o SENHOR quem nos entregou, os três reis, ao rei de Moabe.

14 Eliseu disse: —Juro pelo Deus vivo, o SENHOR Todo-Poderoso, a quem sirvo, que, se eu não respeitasse o seu aliado, o rei Josafá, de Judá, eu não daria nenhuma atenção ao senhor.

15 Agora me tragam um músico. Enquanto o músico tocava harpa, o poder do SENHOR Deus veio sobre Eliseu,

16 e ele disse: —O que o SENHOR diz é isto: “Façam muitas covas em todo o leito seco deste ribeirão.

17 Pois vocês não vão ver chuva nem vento, mas mesmo assim o leito deste ribeirão vai se encher de água. E vocês, o seu gado e os seus animais de carga terão muita água para beber.”

18 E Eliseu continuou: —E para o SENHOR Deus é fácil fazer isso; ele também lhes dará a vitória contra os moabitas.

19 Os senhores conquistarão todas as melhores cidades deles e as cidades cercadas de muralhas, cortarão todas as suas árvores frutíferas, taparão todas as suas fontes de água e estragarão todas as suas terras de plantação, cobrindo-as de pedras.

20 No dia seguinte, na hora do sacrifício da manhã, a água veio correndo da direção de Edom e cobriu o chão.

21 Os moabitas ficaram sabendo que os três reis tinham vindo atacá-los. Então todos os homens que podiam lutar, tanto os mais velhos como os mais moços, foram chamados e ficaram na fronteira.

22 Quando eles se levantaram na manhã seguinte, o sol estava brilhando na água, fazendo com que ela parecesse vermelha como sangue.

23 Então gritaram: —Aquilo é sangue! Com certeza os três reis lutaram entre si e mataram uns aos outros! Vamos pegar tudo o que eles deixaram no acampamento!

24 Porém, quando os moabitas chegaram ao acampamento, os israelitas os atacaram e os fizeram fugir. Os israelitas perseguiram os moabitas, matando-os

25 e destruindo as suas cidades. Conforme iam passando por um terreno de plantação, cada israelita jogava uma pedra nele, até que finalmente todos os campos estavam cobertos de pedras. Eles também taparam as fontes e cortaram as árvores frutíferas. No fim, somente a capital, a cidade de Quir-Heres, ficou faltando; mas os atiradores de funda a cercaram e atacaram.

26 O rei de Moabe percebeu que estava perdendo a batalha. Então, com setecentos soldados armados com espadas, tentou forçar passagem através das linhas inimigas a fim de fugir para perto do rei da Síria. Porém não conseguiu.

27 Então pegou o seu filho mais velho, que iria ficar no lugar dele como rei, e o ofereceu em sacrifício ao deus de Moabe, nas muralhas da cidade. Os israelitas ficaram apavorados e por isso saíram dali e voltaram para o seu país.


2 REIS CAPITULO 4

1 Certa mulher, que era viúva de um dos membros de um grupo de profetas, foi falar com Eliseu e disse: —O meu marido morreu. Como o senhor sabe, ele era um homem que temia a Deus, o SENHOR. Mas agora um homem a quem ele devia dinheiro veio para levar os meus dois filhos a fim de serem escravos, como pagamento da dívida.

2 Eliseu perguntou: —O que posso fazer por você? Diga! O que é que você tem em casa? —Não tenho nada, a não ser um jarro pequeno de azeite! —respondeu a mulher.

3 Eliseu disse: —Vá pedir que os seus vizinhos lhe emprestem muitas vasilhas vazias.

4 Depois você e os seus filhos entrem em casa, fechem a porta e comecem a derramar azeite nas vasilhas. E vão pondo de lado as que forem ficando cheias.

5 Então a mulher foi para casa com os filhos, fechou a porta, pegou o pequeno jarro de azeite e começou a derramar o azeite nas vasilhas, conforme os seus filhos iam trazendo.

6 Quando todas as vasilhas estavam cheias, ela perguntou se havia mais alguma. —Essa foi a última! —respondeu um dos filhos. Então o azeite parou de correr.

7 Ela foi e contou ao profeta Eliseu. Aí ele disse: —Venda o azeite e pague todas as suas dívidas. Ainda vai sobrar dinheiro para você e os seus filhos irem vivendo.

8 Um dia Eliseu foi até a cidade de Suném, onde morava uma mulher rica. Ela o convidou para uma refeição, e daí em diante, sempre que ia a Suném, Eliseu tomava as suas refeições na casa dela.

9 Ela disse ao seu marido: —Tenho a certeza de que esse homem que vem sempre aqui é um santo homem de Deus.

10 Vamos construir um quarto pequeno na parte de cima da casa e vamos pôr ali uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lamparina. E assim, quando ele vier nos visitar, poderá ficar lá.

11 Um dia Eliseu voltou a Suném e subiu ao seu quarto para descansar.

12 Ele disse a Geazi, o seu empregado, que fosse chamar a dona da casa. Quando ela chegou,

13 Eliseu disse a Geazi: —Pergunte o que eu posso fazer por ela para pagar todo o trabalho que ela tem tido, cuidando de nós. Talvez ela queira que eu vá falar em favor dela com o rei ou com o comandante do exército. Mas a mulher respondeu: —Eu tenho tudo o que preciso aqui, no meio do meu povo.

14 Eliseu perguntou a Geazi: —Então o que posso fazer por ela? Ele disse: —Bem, a mulher não tem filhos, e o marido dela é velho.

15 Diga a ela que venha aqui! —ordenou Eliseu. Ele a chamou, e ela foi e ficou na porta.

16 Então Eliseu disse: —No ano que vem, por este tempo, você carregará um filho no colo. A mulher exclamou: —Por favor, não minta para mim! O senhor é um homem de Deus!

17 Mas, como Eliseu tinha dito, no ano seguinte, no tempo marcado, ela deu à luz um filho.

18 Alguns anos depois, no tempo da colheita, o menino saiu para se encontrar com o pai, que estava no campo com os trabalhadores que faziam a colheita.

19 De repente, ele começou a gritar para o pai: —Ai! Que dor de cabeça! Então o pai disse a um dos empregados: —Leve o menino para a mãe.

20 O empregado carregou o menino até o lugar onde a mãe estava. Ela ficou com ele no colo até o meio-dia, e então ele morreu.

21 Aí ela o carregou para o quarto de Eliseu e o pôs na cama. Depois saiu e fechou a porta.

22 Então chamou o marido e disse: —Mande um empregado trazer uma jumenta. Eu preciso ir falar com o profeta Eliseu. Volto o mais depressa que puder.

23 O marido perguntou: —Por que você vai falar com ele hoje? Hoje não é sábado nem dia de Festa da Lua Nova! —Não faz mal! —respondeu ela.

24 Aí mandou que pusessem os arreios na jumenta e ordenou ao empregado: —Faça o animal andar o mais depressa que puder e só pare quando eu mandar.

25 E assim ela saiu e foi para o monte Carmelo, onde Eliseu estava. Quando ela ainda estava um pouco longe, Eliseu a viu chegando e disse ao seu empregado Geazi: —Veja! A mulher de Suném vem vindo aí.

26 Corra até lá e pergunte se tudo está bem com ela, com o marido e com o filho. A mulher disse a Geazi que estava tudo bem;

27 porém, quando chegou ao lugar onde Eliseu estava, ela se ajoelhou diante dele e abraçou os seus pés. Geazi ia tirá-la dali, mas Eliseu disse: —Não faça isso! Você não está vendo que ela está muito aflita? E o SENHOR Deus não me disse nada sobre isso!

28 Então a mulher disse a Eliseu: —Senhor, por acaso, eu lhe pedi um filho? Não lhe pedi que não me enganasse?

29 Eliseu virou-se para Geazi e disse: —Apronte-se, pegue o meu bastão e vá. Não pare para cumprimentar ninguém que você encontrar e, se alguém cumprimentar você, não perca tempo respondendo. Vá direto e ponha o meu bastão em cima do menino.

30 Mas a mulher disse a Eliseu: —Juro pelo SENHOR Deus e juro pelo senhor mesmo que eu não o deixarei aqui. Aí Eliseu se levantou e foi com ela.

31 Geazi foi na frente deles e colocou o bastão em cima do menino. Porém ele não soltou nenhum gemido, nem havia nele qualquer outro sinal de vida. Então Geazi voltou para encontrar Eliseu e disse: —O menino não acordou.

32 Quando Eliseu chegou, entrou sozinho no quarto e viu o menino morto na cama.

33 Então fechou a porta e orou a Deus, o SENHOR.

34 Depois deitou-se sobre o menino, pondo a sua boca sobre a boca dele, os olhos sobre os olhos e as mãos sobre as mãos. Quando Eliseu se deitou sobre o menino, o corpo da criança começou a esquentar.

35 Eliseu levantou-se e andou de um lado para outro do quarto. Depois voltou e deitou-se de novo sobre o menino. Aí o menino espirrou sete vezes e abriu os olhos.

36 Então Eliseu chamou Geazi e mandou que ele chamasse a mãe. Quando a mulher entrou, Eliseu disse: —Pegue o seu filho.

37 Ela caiu aos pés de Eliseu e encostou o rosto no chão. Depois pegou o filho e saiu.

38 Certa vez, quando havia falta de alimentos naquela terra, Eliseu voltou a Gilgal. Enquanto estava ensinando um grupo de profetas, ele mandou que o seu empregado pusesse uma panela grande no fogo e fizesse um cozido para eles.

39 Então um dos profetas saiu para o campo a fim de apanhar ervas. Ele achou uma trepadeira que dava umas frutas amargas e apanhou todas as que pôde carregar na sua capa. Então voltou, cortou as frutas em pedaços e jogou dentro da panela, não sabendo o que eram.

40 O cozido foi servido aos homens, mas, assim que eles o provaram, começaram a gritar para Eliseu: —O cozido está envenenado! E não queriam comer.

41 Então Eliseu pediu um pouco de farinha, jogou dentro da panela e disse: —Sirvam mais um pouco de cozido para todos. E o cozido que estava na panela já podia ser comido sem perigo.

42 Outra vez, um homem chegou de Baal-Salisa, trazendo para Eliseu vinte pães feitos com a primeira cevada que havia sido colhida naquele ano e também algumas espigas de cevada ainda verdes. Eliseu mandou que o seu empregado desse aquela comida ao grupo de profetas.

43 Mas o empregado perguntou: —O senhor acha que isto dá para cem homens? Eliseu respondeu: —Entregue a eles, e eles comerão, pois o SENHOR Deus diz que eles vão comer e ainda vai sobrar.

44 Aí o empregado lhes deu a comida, e, como o SENHOR tinha dito, todos comeram, e ainda sobrou.


2 REIS CAPITULO 5

1 Naamã, o comandante do exército da Síria, era muito respeitado e estimado pelo rei do seu país porque, por meio de Naamã, o SENHOR Deus tinha dado a vitória ao exército dos sírios. Ele era um soldado valente, mas sofria de uma terrível doença da pele.

2 Num dos seus ataques contra Israel, os sírios haviam levado como prisioneira uma menina israelita, que ficou sendo escrava da mulher de Naamã.

3 Um dia a menina disse à patroa: —Eu gostaria que o meu patrão fosse falar com o profeta que mora em Samaria, pois ele o curaria da sua doença.

4 Então Naamã foi falar com o rei e contou o que a menina tinha dito.

5 E o rei ordenou: —Vá falar com o rei de Israel e entregue esta carta a ele. Então Naamã saiu, levando uns trezentos e cinqüenta quilos de prata, e uns setenta quilos de ouro, e dez mudas de roupas finas.

6 A carta que ele levava dizia assim: “Esta carta é para apresentar Naamã, que é meu oficial. Eu quero que você o cure.”

7 Quando o rei de Israel leu a carta, rasgou as suas roupas em sinal de medo e exclamou: —Como é que o rei da Síria quer que eu cure este homem? Será que ele pensa que eu sou Deus e que tenho o poder de dar a vida e de tirá-la? Ele está querendo briga!

8 O profeta Eliseu soube do que havia acontecido e mandou dizer ao rei: —Por que o senhor está tão preocupado? Mande que esse homem venha falar comigo, e eu mostrarei a ele que há um profeta em Israel!

9 Então Naamã foi com os seus cavalos e carros e parou na porta da casa de Eliseu.

10 Eliseu mandou que um empregado saísse e dissesse a ele que fosse se lavar sete vezes no rio Jordão, pois assim ficaria completamente curado da sua doença.

11 Mas Naamã ficou muito zangado e disse: —Eu pensava que pelo menos o profeta ia sair e falar comigo e que oraria ao SENHOR, seu Deus, e que passaria a mão sobre o lugar doente e me curaria!

12 Além disso, por acaso, os rios Abana e Farpar, em Damasco, não são melhores do que qualquer rio da terra de Israel? Será que eu não poderia me lavar neles e ficar curado? E foi embora muito bravo.

13 Então os seus empregados foram até o lugar onde ele estava e disseram: —Se o profeta mandasse o senhor fazer alguma coisa difícil, por acaso, o senhor não faria? Por que é que o senhor não pode ir se lavar, como ele disse, e ficar curado?

14 Então Naamã desceu até o rio Jordão e mergulhou sete vezes, como Eliseu tinha dito. E ficou completamente curado. A sua carne ficou firme e sadia como a de uma criança.

15 Depois ele voltou com todos os seus homens até o lugar onde Eliseu estava e disse: —Agora eu sei que no mundo inteiro não existe nenhum deus, a não ser o Deus de Israel. Aceite um presente meu, por favor.

16 Eliseu respondeu: —Juro pelo SENHOR, o Deus vivo, a quem sirvo, que não aceitarei nenhum presente. Naamã insistiu com ele para que aceitasse, mas ele não quis.

17 Aí Naamã disse: —Já que o senhor não quer aceitar o meu presente, então deixe que eu leve para casa duas mulas carregadas de terra, pois de agora em diante eu não vou oferecer sacrifícios e ofertas que são completamente queimadas a nenhum deus, a não ser a Deus, o SENHOR.

18 Mas eu gostaria que ele me perdoasse uma coisa, que é a seguinte: quando eu tiver de acompanhar o meu rei ao templo de Rimom, o deus da Síria, para ali adorar, eu vou ter de adorá-lo também. Que o SENHOR Deus me perdoe por isso!

19 Eliseu disse: —Adeus! Boa viagem!

20 Geazi, o empregado de Eliseu, começou a pensar: —O meu patrão deixou que Naamã fosse embora sem pagar nada. Ele devia ter aceitado o que o sírio estava oferecendo. Juro pelo SENHOR, o Deus vivo, que vou correr atrás dele e receber alguma coisa!

21 Então Geazi saiu correndo. Quando Naamã viu que um homem vinha correndo atrás dele, desceu do carro e perguntou: —Aconteceu alguma coisa?

22 Não! —respondeu Geazi. —Mas o meu patrão mandou dizer que agora mesmo chegaram dois membros de um grupo de profetas da região montanhosa de Efraim. Então ele gostaria que o senhor desse a ele uns trinta quilos de prata e duas mudas de roupas finas.

23 Naamã disse: —Por favor, leve sessenta quilos de prata. E insistiu com ele. Então pôs a prata em dois sacos, entregou a prata e as duas mudas de roupas finas a dois dos seus empregados e mandou que eles fossem na frente de Geazi.

24 Quando eles chegaram ao morro onde Eliseu morava, Geazi pegou os dois sacos e carregou-os para dentro de casa. Depois mandou embora os empregados de Naamã,

25 entrou em casa de novo e foi falar com Eliseu. Este perguntou: —Onde é que você foi? —Eu não fui a lugar nenhum! —respondeu Geazi.

26 Mas Eliseu disse: —O meu espírito estava com você quando aquele homem desceu do carro para falar com você. Esta não era ocasião para você aceitar dinheiro e roupas, plantações de oliveiras e de uvas, ovelhas e gado ou empregados e empregadas.

27 Portanto, a doença de Naamã vai pegar em você, e os seus descendentes a terão para sempre. Quando saiu dali Geazi tinha pegado a doença, e a sua pele estava branca como a neve.


2 REIS CAPITULO 6

1 Eliseu dirigia um grupo de profetas. Um dia eles lhe pediram: —O lugar onde moramos com você é muito pequeno.

2 Dê licença para irmos até o rio Jordão a fim de cortar algumas árvores. Com elas construiremos uma casa para a gente morar. —Podem ir! —respondeu Eliseu.

3 Um dos profetas insistiu que Eliseu fosse com eles. Eliseu aceitou,

4 e eles saíram juntos. Quando chegaram ao Jordão, começaram a trabalhar.

5 Um deles estava cortando uma árvore, quando, de repente, o ferro do seu machado escapou do cabo e caiu na água. —O que vou fazer, senhor? —gritou ele para Eliseu. —O machado era emprestado!

6 Onde foi que ele caiu? —perguntou Eliseu. O homem mostrou o lugar. Então Eliseu cortou um pedaço de pau, jogou na água e fez o machado boiar.

7 Pegue-o! —mandou ele. E o homem esticou o braço e o pegou.

8 O rei da Síria estava em guerra contra Israel. Ele pediu conselho aos seus oficiais e escolheu um lugar para armar o seu acampamento.

9 Mas o profeta Eliseu mandou um recado ao rei de Israel, avisando-lhe que não fosse para perto daquele lugar, pois os sírios estavam ali esperando escondidos para atacá-lo.

10 Então o rei de Israel avisou os homens que moravam naquele lugar, e eles ficaram alerta. Isso aconteceu várias vezes.

11 O rei da Síria ficou muito aborrecido; então chamou os seus oficiais e lhes perguntou: —Qual de vocês está do lado do rei de Israel?

12 Um deles respondeu: —Nenhum de nós, ó rei. O profeta Eliseu é quem conta ao rei de Israel tudo o que o senhor fala até mesmo dentro do seu próprio quarto.

13 Então o rei ordenou: —Descubram onde ele está, que eu o prenderei. Contaram-lhe que Eliseu estava em Dotã,

14 e ele mandou para lá uma grande tropa de soldados com cavalos e carros de guerra. Eles chegaram de noite à cidade e a cercaram.

15 No dia seguinte cedinho, o empregado de Eliseu levantou-se e saiu de casa. Aí viu as tropas sírias com os seus cavalos e carros de guerra, cercando a cidade. Então entrou em casa e disse a Eliseu: —Senhor, nós estamos perdidos! O que vamos fazer?

16 Eliseu disse: —Não tenha medo, pois aqueles que estão conosco são mais numerosos do que os que estão com eles.

17 Então orou assim: —Ó SENHOR Deus, abre os olhos do meu empregado e deixa que ele veja! Deus respondeu à oração dele. Aí o empregado de Eliseu olhou para cima e viu que ao redor de Eliseu o morro estava coberto de cavalos e carros de fogo.

18 Quando os sírios atacaram, Eliseu orou assim: —Ó SENHOR Deus, faze com que esses homens fiquem cegos! Deus respondeu à oração de Eliseu e fez com que os sírios ficassem cegos.

19 Então Eliseu foi falar com eles e disse: —Vocês estão no caminho errado; esta cidade não é a que estão procurando. Venham comigo, que eu vou levar vocês até o homem que estão procurando. E os guiou até a cidade de Samaria.

20 Logo que eles entraram na cidade, Eliseu orou assim: —Ó SENHOR Deus, abre os olhos deles e deixa que eles vejam. Então Deus fez com que os sírios enxergassem de novo, e eles viram que estavam dentro da cidade de Samaria.

21 Quando o rei de Israel viu os sírios, perguntou a Eliseu: —Devo matá-los, senhor? Devo matá-los?

22 Não! De jeito nenhum! —respondeu ele. —Por acaso, o senhor mata os soldados que são feitos prisioneiros na guerra? Dê de comer e de beber a estes aqui e deixe que voltem para o rei deles.

23 Então o rei de Israel mandou fazer uma grande festa para aqueles sírios. E, depois que comeram e beberam, ele os mandou de volta para o rei da Síria. Daí em diante os sírios pararam de atacar a terra de Israel.

24 Algum tempo depois, o rei Ben-Hadade, da Síria, levou todo o seu exército para lutar contra Israel e cercou a cidade de Samaria.

25 Por causa disso, a falta de alimentos naquela cidade foi tão grande, que uma cabeça de jumento custava oitenta barras de prata, e duzentos gramas de esterco de pomba custavam cinco barras de prata.

26 Certo dia o rei de Israel estava passando por cima da muralha da cidade, quando uma mulher gritou para ele: —Ó rei, meu senhor, me ajude!

27 Ele respondeu: —Se o SENHOR Deus não ajudar você, como é que eu posso ajudá-la? Você pensa que eu tenho trigo ou vinho?

28 Mas diga qual é o seu problema. Ela respondeu: —Outro dia esta mulher me disse: “Vamos comer o seu filho hoje e amanhã comeremos o meu.”

29 Então nós cozinhamos o meu filho e o comemos. No dia seguinte eu disse que era a vez de comermos o filho dela, mas ela o escondeu!

30 Ao ouvir isso, o rei rasgou as suas roupas em sinal de desgosto, e as pessoas que estavam perto da muralha viram que por baixo das suas roupas ele estava vestido com roupa de pano grosseiro.

31 E o rei gritou: —Que Deus me mate se, antes que o dia acabe, eu não mandar cortar a cabeça de Eliseu, filho da Safate!

32 E mandou que um mensageiro fosse buscá-lo. Enquanto isso, Eliseu estava em casa com alguns chefes do povo que haviam ido visitá-lo. Antes que o mensageiro do rei chegasse, Eliseu disse aos chefes: —Aquele assassino está mandando alguém para me matar. Por isso, quando ele chegar, fechem a porta e não deixem que entre. O próprio rei virá logo depois dele.

33 Eliseu ainda estava falando com eles, quando o rei chegou e disse: —Foi o SENHOR Deus quem fez cair toda esta desgraça sobre nós. Por que iria eu ficar mais tempo esperando que ele fizesse alguma coisa?


2 REIS CAPITULO 7

1 Eliseu respondeu: —Escute o que o SENHOR diz: “Amanhã a esta hora, você poderá comprar em Samaria três quilos e meio do melhor trigo ou sete quilos de cevada por uma barra de prata.”

2 O ajudante pessoal do rei disse a Eliseu: —Mesmo que o SENHOR Deus abrisse janelas no céu e fizesse cair trigo e cevada, isso nunca poderia acontecer! Eliseu respondeu: —Com os seus próprios olhos você vai ver isso acontecer, mas não vai comer.

3 Quatro homens que sofriam de uma terrível doença da pele estavam do lado de fora dos portões da cidade de Samaria. Eles disseram uns aos outros: —Por que ficamos aqui sentados esperando a morte?

4 Não vale a pena entrar na cidade porque lá iríamos morrer de fome; mas, se ficarmos aqui, também morreremos. Vamos então para o acampamento dos sírios. Se eles nos deixarem viver, ficaremos vivos; se nos matarem, bem, nós vamos morrer de qualquer jeito mesmo.

5 E assim, quando começou a escurecer, eles foram até o acampamento dos sírios. Porém, quando chegaram, não havia ninguém lá.

6 Deus havia feito com que os sírios ouvissem um barulho que parecia o de um grande exército, com cavalos e carros de guerra. Então eles pensaram que o rei de Israel havia pago os reis dos heteus e dos egípcios e os seus exércitos para os atacarem.

7 Por isso, ao anoitecer, os sírios haviam fugido para salvar a sua vida, abandonando as barracas, os cavalos e jumentos e deixando o acampamento como estava.

8 Quando os quatro homens chegaram ao acampamento, entraram numa barraca, comeram e beberam do que havia ali e pegaram a prata, o ouro e as roupas que acharam. Depois saíram e esconderam tudo. Aí voltaram, entraram em outra barraca e fizeram a mesma coisa.

9 Mas então disseram: —Nós não estamos agindo bem! Temos boas notícias e não devíamos ficar calados. Se esperarmos até amanhã para contar, certamente seremos castigados. Vamos agora mesmo contar isso lá no palácio.

10 Então saíram do acampamento dos sírios, voltaram para Samaria e gritaram para os guardas que estavam nos portões: —Nós fomos até o acampamento dos sírios e não vimos, nem ouvimos ninguém. Os cavalos e os jumentos estão lá amarrados, e as barracas estão do mesmo jeito que os sírios deixaram!

11 Os guardas anunciaram a notícia, e ela foi contada no palácio.

12 Ainda era de noite, mas o rei se levantou e disse aos seus oficiais: —Vou dizer a vocês o que foi que os sírios planejaram. Eles sabem que nós não temos nenhuma comida e por isso saíram do acampamento e foram se esconder no campo. Eles pensam que nós vamos sair da cidade para procurar comida e aí nos pegarão vivos e conquistarão a cidade.

13 Um dos oficiais disse: —Os que ficaram aqui na cidade vão morrer de qualquer jeito, como alguns já morreram. Portanto, deixe que nós mandemos alguns homens com cinco dos cavalos que restaram, para assim podermos descobrir o que foi que aconteceu.

14 Eles escolheram alguns homens, e o rei os mandou em dois carros de guerra com ordem para descobrirem o que havia acontecido com o exército dos sírios.

15 Os homens foram até o rio Jordão e viram por toda a estrada as roupas e as armas que os sírios tinham abandonado enquanto fugiam. Então voltaram e contaram ao rei.

16 O povo de Samaria saiu e avançou nas coisas que tinha no acampamento dos sírios. E, conforme o SENHOR tinha dito, três quilos e meio do melhor trigo ou sete quilos de cevada foram vendidos por uma barra de prata.

17 Acontece que o rei de Israel tinha colocado o seu ajudante pessoal como encarregado do portão da cidade. Esse oficial foi atropelado pelo povo e morreu, como Eliseu tinha dito quando o rei tinha ido falar com ele.

18 Eliseu tinha dito ao rei que no dia seguinte, naquela hora, três quilos e meio do melhor trigo ou sete quilos de cevada seriam vendidos em Samaria por uma barra de prata,

19 e o oficial havia respondido: “Mesmo que o SENHOR Deus abrisse janelas no céu e fizesse cair trigo e cevada, isso nunca poderia acontecer!” E Eliseu havia respondido: “Com os seus próprios olhos você vai ver isso acontecer, mas não vai comer.”

20 E foi exatamente isso o que aconteceu com ele: morreu pisado pelo povo no portão da cidade.


2 REIS CAPITULO 8

1 Eliseu tinha dito à mulher que morava em Suném, a mãe do menino que ele tinha ressuscitado, que o SENHOR Deus tinha avisado que ia haver uma grande falta de alimentos. Disse também que a fome ia durar sete anos naquela terra e, por isso, ela devia sair de lá com a sua família e ir morar em outro lugar.

2 Ela havia seguido o conselho do profeta e tinha ido com a sua família morar na terra dos filisteus, onde ficou sete anos.

3 Quando passaram os sete anos, ela voltou para Israel e foi falar com o rei a fim de pedir que devolvessem a sua casa e as suas terras.

4 O rei estava falando com Geazi, o empregado de Eliseu, pois queria saber dos milagres que Eliseu havia feito.

5 Geazi estava contando ao rei como Eliseu havia feito um morto viver de novo. Nesse momento a mulher chegou para fazer o seu pedido ao rei. Então Geazi disse: —Ó rei, aqui está a mulher, e aqui está o filho dela que Eliseu ressuscitou.

6 O rei fez perguntas à mulher, e ela confirmou a história de Geazi. Então o rei chamou um oficial e lhe disse que devolvesse à mulher tudo o que era dela e também o valor de todas as colheitas que as suas terras haviam produzido durante os sete anos em que ela havia estado fora.

7 Eliseu foi até a cidade de Damasco numa época em que o rei Ben-Hadade, da Síria, estava doente. Quando o rei soube que Eliseu estava lá,

8 disse a Hazael, um dos seus oficiais: —Leve um presente para o profeta e peça a ele que consulte a Deus, o SENHOR, para saber se vou ficar bom.

9 Então Hazael carregou quarenta camelos com todos os tipos dos mais finos produtos de Damasco e foi falar com Eliseu. Quando se encontrou com ele, disse: —O rei Ben-Hadade, que é como se fosse seu filho, mandou perguntar ao senhor se ele vai ficar bom da sua doença.

10 Eliseu disse: —O SENHOR Deus me disse que o rei vai morrer; mas diga a ele que ele vai ficar bom.

11 E ficou olhando firmemente para Hazael durante tanto tempo, que ele ficou sem jeito. De repente, Eliseu começou a chorar,

12 e Hazael perguntou: —Por que é que o senhor está chorando? Eliseu respondeu: —Porque sei das coisas terríveis que você vai fazer contra o povo de Israel. E continuou: —Você vai pôr fogo nas fortalezas de Israel, vai matar os moços, esmagar as crianças e rasgar a barriga das mulheres grávidas.

13 Como poderia eu chegar a ser tão poderoso? —perguntou Hazael. —Eu não sou ninguém! —O SENHOR Deus me mostrou que você vai ser o rei da Síria! —respondeu Eliseu.

14 Hazael voltou até o lugar onde estava o rei Ben-Hadade, e este lhe perguntou: —O que foi que Eliseu disse? —Ele disse que o senhor vai ficar bom, com certeza! —respondeu Hazael.

15 Mas no dia seguinte Hazael pegou um cobertor, molhou-o bem e com ele sufocou o rei. E Hazael ficou no lugar de Ben-Hadade como rei da Síria.

16 No quinto ano do reinado de Jorão, filho de Acabe, como rei de Israel, Jeorão, filho de Josafá, se tornou rei de Judá.

17 Quando isso aconteceu, Jeorão tinha trinta e dois anos de idade. Ele governou oito anos em Jerusalém.

18 A mulher dele era filha do rei Acabe, de Israel, e Jeorão seguiu os maus caminhos de Acabe e dos outros reis de Israel, como a família de Acabe havia feito. Jeorão pecou contra Deus, o SENHOR,

19 mas o SENHOR não quis destruir Judá, pois havia feito uma aliança com o seu servo Davi, prometendo que os seus descendentes sempre seriam reis.

20 Durante o reinado de Jeorão, o país de Edom se revoltou contra Judá e se tornou independente.

21 Por isso, Jeorão saiu com todos os seus carros de guerra e foi até Zair; ali eles foram cercados pelos edomitas. Para escapar, Jeorão e os comandantes dos seus carros de guerra atacaram os edomitas durante a noite, e os soldados de Jeorão fugiram para as suas casas.

22 Desse tempo em diante, Edom ficou independente de Judá. Nessa mesma época a cidade de Libna também se revoltou.

23 Todas as outras coisas que Jeorão fez estão escritas na História dos Reis de Judá.

24 Jeorão morreu e foi sepultado nos túmulos dos reis, na Cidade de Davi, e o seu filho Acazias ficou no lugar dele como rei.

25 No ano doze do reinado de Jorão, filho de Acabe, como rei de Israel, Acazias, filho de Jeorão, se tornou rei de Judá.

26 Quando isso aconteceu, Acazias tinha vinte e dois anos de idade. Ele governou um ano em Jerusalém. A mãe dele se chamava Atalia e era filha do rei Acabe e neta do rei Onri, de Israel.

27 Por ser aparentado com o rei Acabe pelo casamento, Acazias seguiu o exemplo da família de Acabe e pecou contra Deus, o SENHOR.

28 O rei Acazias se juntou com o rei Jorão, de Israel, a fim de guerrear contra o rei Hazael, da Síria. Os exércitos deles lutaram em Ramote-Gileade, e Jorão foi ferido na batalha.

29 Então ele voltou para a cidade de Jezreel a fim de tratar dos ferimentos, e Acazias foi até lá para visitá-lo.


2 REIS CAPITULO 9

1 Enquanto isso, o profeta Eliseu chamou um dos jovens profetas e disse: —Apronte-se e vá até Ramote-Gileade. Leve este jarro de azeite

2 e, quando chegar lá, procure Jeú, filho de Josafá e neto de Ninsi. Leve-o para outra sala, longe dos seus companheiros.

3 Aí derrame azeite na cabeça dele e diga: “O SENHOR Deus anuncia que o está ungindo para ser rei de Israel.” Depois saia de lá o mais depressa que puder.

4 Então o jovem profeta foi até Ramote-Gileade

5 e lá encontrou reunidos os oficiais do exército. Ele disse: —Eu trouxe uma mensagem para o senhor. Jeú perguntou: —Com qual de nós você está falando? —Com o senhor mesmo! —respondeu ele.

6 Então os dois foram para uma sala, e o jovem profeta derramou azeite na cabeça de Jeú e disse: —O SENHOR, o Deus de Israel, anuncia isto: “Eu estou ungindo você para ser o rei do meu povo de Israel.

7 Você deve matar o seu chefe, o rei Jorão, filho de Acabe, para que assim eu castigue Jezabel por haver assassinado os meus profetas e os meus outros servos.

8 Toda a família e todos os descendentes de Acabe devem morrer. Eu vou acabar com todos os homens da família dele, tanto os jovens como os velhos.

9 Vou tratar a família dele como tratei as famílias do rei Jeroboão, filho de Nebate, e do rei Baasa, filho de Aías.

10 Jezabel não será sepultada; o seu corpo será comido pelos cachorros perto da cidade de Jezreel.” Depois de dizer isso, o jovem profeta saiu da sala e fugiu.

11 Jeú voltou para o lugar onde estavam os seus companheiros, e eles perguntaram: —Tudo bem? O que aquele louco queria com você? —Vocês sabem muito bem o que ele queria! —respondeu Jeú.

12 Não sabemos, não! —disseram eles. —Conte o que ele disse. Jeú contou: —Ele me disse que o SENHOR Deus anuncia isto: “Eu estou ungindo você, Jeú, para ser o rei de Israel.”

13 No mesmo instante, eles estenderam as suas capas sobre os degraus para Jeú passar, tocaram a corneta e gritaram: —Jeú é o rei!

14 (14-15) Então Jeú fez uma revolta contra o rei Jorão. Jorão estava em Jezreel tratando dos ferimentos que havia recebido em Ramote-Gileade, na batalha contra o rei Hazael, da Síria. Por isso, Jeú disse aos seus colegas oficiais: —Se vocês estão do meu lado, não deixem que ninguém saia escondido de Ramote-Gileade para ir avisar os moradores de Jezreel.

16 Então subiu no seu carro de guerra e saiu para Jezreel. Jorão ainda não tinha sarado, e o rei Acazias, de Judá, se encontrava ali fazendo-lhe uma visita.

17 Um guarda que estava na torre de vigia de Jezreel viu Jeú e os seus soldados chegando e gritou: —Vejo alguns homens chegando a cavalo! Aí Jorão disse: —Mande um homem a cavalo para descobrir se são amigos ou inimigos.

18 O mensageiro foi encontrar-se com Jeú e disse: —O rei quer saber se o senhor vem como amigo. —Isso não é da sua conta! —respondeu Jeú. E mandou: —Passe para trás de mim. O guarda que estava na torre de vigia contou que o mensageiro havia se encontrado com o grupo, porém não estava voltando.

19 Outro mensageiro foi mandado e fez a mesma pergunta a Jeú. E novamente ele respondeu: “Isso não é da sua conta! Passe para trás de mim.”

20 Novamente o guarda contou que o mensageiro havia chegado até o grupo, porém não estava voltando. E disse também: —O chefe do grupo está guiando o seu carro de guerra como um louco, exatamente como Jeú faz!

21 Aprontem o meu carro de guerra! —ordenou o rei Jorão. O carro foi preparado, e então ele e o rei Acazias saíram, cada um no seu carro, para ir ao encontro de Jeú. Eles se encontraram com ele no campo que havia sido de Nabote. Aí Jorão perguntou:

22 Você veio como amigo? Jeú respondeu: —Como podemos ser amigos quando ainda continuam as feitiçarias e a adoração de ídolos que Jezabel, a sua mãe, começou?

23 Então Jorão virou o seu carro e fugiu, gritando para Acazias: —É uma traição, Acazias!

24 Mas Jeú puxou a corda do seu arco com toda a força e atirou uma flecha, que feriu Jorão nas costas. A flecha atravessou o coração, e ele caiu morto no seu carro de guerra.

25 Aí Jeú disse a Bidcar, o seu ajudante: —Pegue o corpo dele e jogue no campo que era de Nabote. Lembre que, quando nós dois estávamos juntos andando a cavalo atrás de Acabe, pai de Jorão, o SENHOR Deus disse estas palavras contra Acabe:

26 “Ontem eu vi o assassinato de Nabote e dos seus filhos. E prometo que castigarei você aqui, neste mesmo campo.” E Jeú ordenou ao seu ajudante: —Pegue o corpo de Jorão e jogue no campo que era de Nabote, para que assim seja cumprida a promessa de Deus, o SENHOR.

27 O rei Acazias, de Judá, viu o que tinha acontecido e fugiu no seu carro na direção da cidade de Bete-Hagã. Mas Jeú o perseguiu e disse aos seus soldados: —Matem Acazias também! E eles o feriram quando ele ia no seu carro pela estrada que sobe para Gur, perto da cidade de Ibleão. Mas Acazias conseguiu fugir até a cidade de Megido, onde morreu.

28 Os seus oficiais levaram o corpo de volta para Jerusalém e o sepultaram nos túmulos dos reis, na Cidade de Davi.

29 Acazias havia começado a reinar em Judá no ano onze do reinado de Jorão, filho de Acabe, em Israel.

30 Jeú chegou a Jezreel, e Jezabel ficou sabendo disso. Então pintou os olhos, penteou os cabelos e ficou numa janela do palácio, olhando para a rua.

31 Quando Jeú entrou pelo portão do palácio, ela gritou: —Olá, Zinri, assassino do seu senhor!

32 Jeú olhou para cima e gritou: —Quem está do meu lado? Dois ou três oficiais do palácio olharam para ele de uma janela,

33 e Jeú lhes disse: —Joguem essa mulher daí! Eles a jogaram, e o sangue dela respingou a parede e os cavalos. Jeú passou por cima dela com os cavalos e o carro

34 e entrou no palácio. E, depois que comeu e bebeu, disse: —Peguem aquela maldita e a sepultem. Afinal de contas, ela é filha de um rei.

35 Mas os homens que saíram para sepultá-la só encontraram a caveira e os ossos das mãos e pés.

36 Então eles voltaram, contaram a Jeú, e este disse: —Foi isto o que o SENHOR Deus disse que ia acontecer quando falou por meio do seu servo Elias, da cidade de Tisbé: “Os cachorros comerão o corpo de Jezabel perto da cidade de Jezreel.

37 Os seus restos serão espalhados ali como esterco, e assim ninguém poderá dizer: ‘Esta era Jezabel.’”


2 REIS CAPITULO 10

1 Na cidade de Samaria moravam setenta filhos do rei Acabe. Jeú escreveu cartas e as mandou às autoridades da cidade, aos líderes e às pessoas que tomavam conta dos filhos de Acabe. A carta dizia assim:

2 “Vocês estão encarregados de tomar conta dos filhos do rei e têm carros de guerra, cavalos, armas e cidades cercadas de muralhas. Portanto, assim que receberem esta carta,

3 escolham o melhor e o mais capaz dos filhos do rei, ponham no trono do pai e lutem para defendê-lo.”

4 As autoridades de Samaria ficaram apavoradas e disseram: —Como poderemos ir contra Jeú, se nem o rei Jorão nem o rei Acazias conseguiram fazer isso?

5 Aí o oficial encarregado do palácio e o oficial encarregado da cidade, junto com os líderes e as pessoas que tomavam conta dos filhos de Acabe, mandaram a Jeú esta mensagem: “Nós somos seus criados e estamos prontos para fazer tudo o que o senhor disser. Porém não vamos colocar ninguém como rei; faça o que achar melhor.”

6 Então Jeú escreveu outra carta, em que dizia o seguinte: “Se vocês estão do meu lado e estão prontos para seguir as minhas ordens, tragam as cabeças dos filhos do rei Acabe para mim, aqui em Jezreel, amanhã a esta hora.” Os setenta filhos de Acabe moravam com os principais cidadãos de Samaria, que os estavam criando.

7 Quando receberam a carta de Jeú, os líderes de Samaria mataram todos os setenta príncipes. Depois puseram as cabeças deles em cestos e as mandaram para Jeú, em Jezreel.

8 Foram contar a Jeú que as cabeças dos filhos de Acabe haviam sido trazidas. Então Jeú ordenou: —Façam com elas dois montões no portão da cidade e deixem que fiquem lá até amanhã cedo.

9 Ele saiu de manhã, foi até o portão e disse ao povo que estava ali: —Fui eu que fiz uma revolta contra o rei Jorão e o matei; vocês não são culpados disso. Mas quem foi que matou todos estes?

10 Isso prova que vai acontecer tudo aquilo que o SENHOR Deus disse a respeito dos descendentes de Acabe. O SENHOR fez aquilo que prometeu por meio do seu servo Elias.

11 Então Jeú mandou matar todos os outros parentes de Acabe que moravam em Jezreel e também todas as autoridades do seu governo, amigos íntimos e sacerdotes. Não escapou nenhum deles.

12 Jeú saiu de Jezreel para ir até Samaria. No caminho, num lugar chamado “Campo dos Pastores”,

13 ele encontrou alguns parentes do falecido rei Acazias, de Judá, e lhes perguntou: —Quem são vocês? Eles responderam: —Somos parentes de Acazias. Estamos indo para Jezreel a fim de cumprimentar os filhos da rainha Jezabel e o resto da família do rei.

14 Então Jeú ordenou aos seus homens: —Peguem essa gente! Quero todos vivos! Eles os prenderam e os mataram perto de um poço que havia ali. Eram quarenta e dois ao todo, e nenhum deles foi deixado vivo.

15 Jeú saiu dali e no caminho encontrou-se com Jonadabe, filho de Recabe, que havia ido falar com ele. Jeú o cumprimentou e disse: —Será que nós dois estamos pensando do mesmo jeito? —Sim! —respondeu Jonadabe. —Então me dê a sua mão! —disse Jeú. Eles apertaram as mãos, e Jeú ajudou Jonadabe a subir no seu carro de guerra.

16 Jeú disse: —Venha comigo e veja você mesmo como sou dedicado a Deus, o SENHOR. E Jeú o levou no seu carro para Samaria.

17 Quando chegaram lá, Jeú matou todos os parentes de Acabe. Não deixou nenhum vivo, conforme o SENHOR tinha dito a Elias que ia acontecer.

18 Jeú reuniu o povo de Samaria e disse: —O rei Acabe serviu pouco o deus Baal, mas eu o servirei muito.

19 Portanto, reúnam agora todos os profetas de Baal, todos os seus adoradores e todos os seus sacerdotes. Que não falte nenhum, pois eu vou oferecer um grande sacrifício a Baal, e quem não vier será morto! Mas esse era um jeito de Jeú enganar os adoradores de Baal para poder matá-los.

20 Então Jeú deu a seguinte ordem: —Anunciem um dia de adoração em honra do deus Baal! O aviso foi feito,

21 e Jeú mandou mensageiros por toda a terra de Israel. Então vieram todos os adoradores de Baal; não faltou nenhum. Eles entraram no templo de Baal, que ficou completamente cheio.

22 Então Jeú mandou que o sacerdote encarregado dos mantos sagrados trouxesse os mantos e os entregasse aos adoradores.

23 Depois disso, Jeú entrou no templo com Jonadabe, filho de Recabe, e disse às pessoas que estavam ali: —Vejam bem que somente adoradores de Baal estejam aqui e que nenhum adorador de Deus, o SENHOR, tenha entrado.

24 Aí ele e Jonadabe entraram para oferecer sacrifícios e queimar ofertas a Baal. Jeú havia mandado que oitenta homens ficassem do lado de fora, dando-lhes a seguinte ordem: —Matem todas essas pessoas que vou entregar a vocês; quem deixar uma delas escapar pagará com a vida por isso!

25 Assim que Jeú apresentou as ofertas, disse aos guardas e aos oficiais: —Entrem e matem todos; não deixem que nenhum escape! Eles entraram com as espadas na mão, mataram todos e jogaram os corpos para fora. Então entraram no santuário interior do templo,

26 levaram para fora as colunas que estavam no templo de Baal e as queimaram.

27 Também destruíram a coluna de Baal e o seu templo e fizeram esse templo virar uma privada, que existe até hoje.

28 Foi assim que Jeú acabou com a adoração de Baal em Israel.

29 Mas ele não abandonou os pecados do rei Jeroboão, filho de Nebate, que levou o povo de Israel a cometer o pecado de adorar os touros de ouro que ele havia colocado em Betel e em Dã.

30 O SENHOR Deus disse a Jeú: —Você fez com os descendentes de Acabe tudo aquilo que eu queria que fizesse. Por isso, prometo que até a quarta geração os seus descendentes serão reis de Israel.

31 Mas Jeú não obedeceu de todo o seu coração à Lei do SENHOR, o Deus de Israel, nem abandonou aqueles mesmos pecados que Jeroboão havia feito o povo de Israel cometer no passado.

32 Nesse tempo o SENHOR Deus começou a diminuir o território de Israel. O rei Hazael, da Síria, conquistou todas as terras israelitas

33 que ficavam a leste do rio Jordão, até a cidade de Aroer, no rio Arnom, no Sul. Isso incluía as regiões de Gileade e Basã, onde moravam as tribos de Gade, Rúben e Manassés do Leste.

34 Todas as outras coisas que Jeú fez e também os seus atos de coragem estão escritos na História dos Reis de Israel.

35 Ele morreu e foi sepultado em Samaria, e o seu filho Jeoacaz ficou no lugar dele como rei.

36 Jeú governou vinte e oito anos em Samaria como rei de Israel.


2 REIS CAPITULO 11

1 Assim que Atalia, a mãe do rei Acazias, soube da morte do filho, deu ordem para que todas as pessoas da família real fossem mortas.

2 Somente Joás, filho de Acazias, escapou. Ele ia ser morto junto com os outros, mas foi salvo pela sua tia Jeoseba, que era filha do rei Jeorão e meia-irmã de Acazias. Ela levou Joás e a sua babá para um quarto do Templo e o escondeu de Atalia. Assim ele não foi morto.

3 Durante seis anos Jeoseba cuidou do menino e o conservou escondido no Templo, enquanto Atalia era a rainha.

4 Mas no sétimo ano o sacerdote Joiada mandou chamar os oficiais encarregados dos guarda-costas e dos guardas do palácio e disse que viessem ao Templo. Ali ele fez com que jurassem concordar com o que ele havia planejado fazer. Então lhes mostrou Joás, o filho do rei Acazias,

5 e deu a eles as seguintes ordens: —Quando vocês ficarem de serviço no sábado, a terça parte deve guardar o palácio;

6 a outra terça parte deve ficar de guarda no Portão Sur, e a outra terça parte deve ficar no portão, atrás dos outros guardas.

7 Os dois grupos que deixarem o serviço no sábado ficarão de guarda no Templo para proteger o rei.

8 Vocês devem guardar o rei Joás com as espadas na mão e ir com ele a qualquer lugar aonde ele for. Qualquer pessoa que chegar perto de vocês deve ser morta.

9 Os oficiais obedeceram à ordem de Joiada e levaram a ele os seus soldados, isto é, os que saíam do serviço no sábado e os que entravam de serviço no sábado.

10 Joiada entregou aos oficiais as lanças e os escudos que tinham sido do rei Davi e que haviam ficado guardados no Templo.

11 Ele pôs os soldados armados com espadas por toda a frente do Templo, para protegerem o rei.

12 Então Joiada levou Joás para fora, colocou a coroa na cabeça dele e lhe deu uma cópia da Lei. Aí Joás foi ungido e apresentado como rei. O povo bateu palmas e gritou: —Viva o rei!

13 A rainha Atalia ouviu o barulho que os guardas e o povo faziam e foi até o Templo, onde todos estavam reunidos.

14 Ela viu o novo rei perto da coluna, na entrada do Templo, conforme era o costume. Ele estava rodeado pelos oficiais e pelos corneteiros, e todo o povo estava gritando de alegria e tocando trombetas. Em sinal de desespero Atalia rasgou as suas roupas e gritou: —Traição! Traição!

15 O sacerdote Joiada não queria que Atalia fosse morta na área do Templo e por isso deu aos oficiais do exército a seguinte ordem: —Levem a rainha para fora, passando pelo meio das filas de guardas, e matem qualquer pessoa que tentar salvá-la.

16 Então eles a prenderam e levaram para o palácio. E ali, no Portão dos Cavalos, ela foi morta.

17 O sacerdote Joiada fez uma aliança entre o SENHOR Deus, e o rei, e o povo, a fim de que eles fossem o povo de Deus. Fez também um acordo entre o rei e o povo.

18 Então o povo foi até o templo do deus Baal e o derrubou. Eles despedaçaram os altares e os ídolos e ali, em frente dos altares, mataram Matã, o sacerdote de Baal. Joiada pôs guardas no Templo,

19 e então ele, os oficiais, a guarda pessoal do rei e os guardas do palácio levaram o rei do Templo para o palácio, e o povo todo foi atrás. Joás entrou pelo Portão da Guarda e sentou-se no trono.

20 Todo o povo estava feliz, e a cidade de Jerusalém ficou calma depois que Atalia foi morta no palácio.

21 Joás tinha sete anos de idade quando se tornou rei.


2 REIS CAPITULO 12

1 No sétimo ano do reinado de Jeú, de Israel, Joás se tornou rei de Judá. Ele governou em Jerusalém quarenta anos. A mãe dele se chamava Zíbia e era da cidade de Berseba.

2 Durante toda a sua vida Joás fez o que agrada a Deus, o SENHOR, pois o sacerdote Joiada o aconselhava.

3 No entanto, os lugares pagãos de adoração não foram destruídos, e o povo continuou a oferecer sacrifícios e a queimar incenso ali.

4 Joás chamou os sacerdotes e mandou que eles juntassem todo o dinheiro recolhido no Templo, isto é, os pagamentos pelos sacrifícios, os impostos do Templo, o dinheiro das promessas e as ofertas voluntárias.

5 Cada sacerdote era responsável pelo dinheiro trazido pelas pessoas que ele servia, e o dinheiro era para ser usado nos consertos do Templo.

6 Mas, no ano vinte e três do reinado de Joás, os sacerdotes ainda não haviam feito nenhum conserto.

7 Por isso Joás chamou Joiada e os outros sacerdotes e lhes perguntou: —Por que vocês não estão consertando o Templo? De agora em diante, não fiquem com o dinheiro que receberem, mas entreguem para que os consertos possam ser feitos.

8 Os sacerdotes concordaram com isso e também concordaram em não ficarem encarregados de fazer os consertos no Templo.

9 Então Joiada pegou uma caixa, fez uma abertura na tampa e pôs a caixa perto do altar, do lado direito de quem entra no Templo. Os sacerdotes que tomavam conta da entrada punham na caixa todo o dinheiro dado pelos adoradores.

10 Quando viam que já havia muito dinheiro na caixa, o secretário do rei e o Grande Sacerdote vinham, contavam o dinheiro e o punham em sacos.

11 Depois de registrarem a quantia certa, eles entregavam o dinheiro aos homens que estavam encarregados do trabalho no Templo, e estes pagavam os carpinteiros, os construtores,

12 os pedreiros e os cortadores de pedras. Também compravam a madeira e as pedras para os consertos e pagavam todas as outras despesas necessárias.

13 No entanto, nenhuma parte do dinheiro era usada para se fazerem taças de prata, bacias, trombetas, tesouras de aparar pavios de lamparinas ou qualquer outro objeto de prata ou de ouro.

14 Todo o dinheiro era usado para pagar os trabalhadores e para comprar o material dos consertos.

15 Os homens encarregados do trabalho eram honestos em tudo, e por isso não havia necessidade de pedir que prestassem contas do dinheiro.

16 O dinheiro das ofertas para tirar culpas e das ofertas para tirar pecados não era colocado na caixa, mas ficava com os sacerdotes.

17 Nessa época o rei Hazael, da Síria, atacou a cidade de Gate e a conquistou; depois resolveu atacar Jerusalém.

18 O rei Joás, de Judá, pegou todas as ofertas que Josafá, Jeorão e Acazias, que haviam sido reis antes dele, haviam separado para Deus, o SENHOR. Junto com essas ofertas ele pôs as suas próprias ofertas e todo o ouro que havia no tesouro do Templo e do palácio e mandou tudo como presente para o rei Hazael. Então Hazael desistiu de atacar Jerusalém.

19 Todas as outras coisas que o rei Joás fez estão escritas na História dos Reis de Judá.

20 (20-21) Os oficiais do rei Joás fizeram uma revolta contra ele. Então dois deles, Jozacar, filho de Simeate, e Jozabade, filho de Somer, o mataram na casa construída no aterro que havia sido feito no lado leste da cidade de Jerusalém, na estrada que desce para a cidade de Sila. Joás foi sepultado nos túmulos dos reis, na Cidade de Davi, e o seu filho Amazias ficou no lugar dele como rei.


2 REIS CAPITULO 13

1 No ano vinte e três do reinado de Joás, filho de Acazias, em Judá, Jeoacaz, filho de Jeú, se tornou rei de Israel e governou dezessete anos em Samaria.

2 Jeoacaz fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR, e cometeu aqueles mesmos pecados que Jeroboão, filho de Nebate, havia feito o povo de Israel cometer no passado. Ele nunca se afastou dos seus maus caminhos.

3 Por isso, o SENHOR ficou irado com Israel e deixou que o rei Hazael, da Síria, e o seu filho Ben-Hadade vencessem os israelitas muitas e muitas vezes.

4 Então Jeoacaz orou a Deus, o SENHOR, e ele respondeu à sua oração, pois viu como o rei da Síria fazia o povo de Israel sofrer.

5 O SENHOR mandou um líder que livrou os israelitas dos sírios, e assim eles viveram em paz, como antes.

6 Porém não abandonaram aqueles pecados que Jeroboão havia feito o povo de Israel cometer no passado, mas continuaram cometendo-os; e o Poste-ídolo ficou em Samaria.

7 De todo o seu exército, Jeoacaz ficou somente com cinqüenta cavaleiros, dez carros de guerra e dez mil soldados de infantaria porque o rei da Síria havia acabado com os outros, esmagando-os como pó.

8 Todas as outras coisas que Jeoacaz fez e também os seus atos de coragem estão escritos na História dos Reis de Israel.

9 Ele morreu e foi sepultado em Samaria, e o seu filho Jeoás ficou no lugar dele como rei.

10 No ano trinta e sete do reinado de Joás, de Judá, Jeoás, filho de Jeoacaz, se tornou rei de Israel e governou dezesseis anos em Samaria.

11 Jeoás fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR. Ele não abandonou aqueles mesmos pecados que Jeroboão, filho de Nebate, havia feito o povo de Israel cometer no passado, mas continuou cometendo-os.

12 Todas as outras coisas que Jeoás fez e também a sua coragem na batalha contra o rei Amazias, de Judá, estão escritas na História dos Reis de Israel.

13 Jeoás morreu e foi sepultado nos túmulos dos reis, em Samaria, e o seu filho Jeroboão II ficou no lugar dele como rei.

14 O profeta Eliseu foi atacado por uma doença sem cura. Quando ele estava para morrer, o rei Jeoás foi visitá-lo. Então o abraçou e chorou, dizendo: —Meu pai, meu pai! O senhor foi como um exército para defender Israel!

15 Então Eliseu disse: —Pegue um arco e algumas flechas. Jeoás pegou o arco e as flechas,

16 e Eliseu lhe disse que se preparasse para atirar. E o rei fez o que ele mandava. Aí Eliseu pôs as mãos por cima das mãos do rei

17 e disse: —Abra a janela que dá para o lado da Síria. O rei abriu. Então Eliseu mandou: —Atire a flecha! Assim que o rei atirou, Eliseu disse: —O senhor é a flecha do SENHOR Deus; é por meio do senhor que Deus vai conseguir a vitória contra a Síria. O senhor lutará contra os sírios em Afeca até vencê-los.

18 Depois Eliseu disse a Jeoás que pegasse as outras flechas e batesse no chão com elas. O rei bateu três vezes no chão e parou.

19 Eliseu ficou zangado com isso e disse: —O senhor devia ter batido cinco ou seis vezes e assim venceria completamente os sírios; mas agora vai vencê-los só três vezes.

20 Então Eliseu morreu e foi sepultado. Todos os anos bandos de moabitas costumavam invadir a terra de Israel.

21 Certa vez, alguns israelitas que estavam fazendo um enterro viram um desses bandos. Então os israelitas jogaram o defunto na sepultura de Eliseu e fugiram. Assim que o corpo tocou nos ossos de Eliseu, o homem ficou vivo de novo e se levantou.

22 O rei Hazael, da Síria, dominou o povo de Israel durante todo o tempo em que Jeoacaz foi rei.

23 Mas o SENHOR Deus foi bondoso com os israelitas. Ele não deixou que fossem destruídos, mas ajudou-os por causa da aliança que havia feito com Abraão, com Isaque e com Jacó. Ele nunca esqueceu o seu povo.

24 Quando o rei Hazael, da Síria, morreu, o seu filho Ben-Hadade se tornou rei.

25 O rei Jeoás, de Israel, derrotou Ben-Hadade três vezes e reconquistou as cidades que haviam sido tomadas por Ben-Hadade durante o reinado de Jeoacaz, o pai de Jeoás.


2 REIS CAPITULO 14

1 No segundo ano do reinado de Jeoás, filho de Jeoacaz, em Israel, Amazias, filho de Joás, se tornou rei de Judá.

2 Quando isso aconteceu, Amazias tinha vinte e cinco anos. Ele governou vinte e nove anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Jeoadã e era da cidade de Jerusalém.

3 Amazias fez o que é agradável a Deus, o SENHOR, porém não foi tão correto como o seu antepassado, o rei Davi; pelo contrário, fez aquilo que o seu pai Joás havia feito.

4 Ele não derrubou os lugares pagãos de adoração, e o povo continuou a oferecer sacrifícios e a queimar incenso nesses lugares.

5 Assim que se firmou no poder, Amazias mandou matar os oficiais que haviam assassinado o seu pai, o rei.

6 No entanto, não matou os filhos deles, mas seguiu o que o SENHOR havia mandado na Lei de Moisés: “Os pais não serão mortos por causa de crimes cometidos pelos filhos, nem os filhos, por causa de crimes cometidos pelos pais; uma pessoa será morta somente como castigo pelo crime que ela mesma cometeu.”

7 No vale do Sal, Amazias matou dez mil soldados do país de Edom; ele conquistou na guerra a cidade de Selá e pôs nela o nome de Jocteel, e assim é conhecida até hoje.

8 Então Amazias mandou mensageiros ao rei Jeoás, de Israel, desafiando-o para uma batalha.

9 Mas o rei Jeoás respondeu assim: —Uma vez um espinheiro dos montes Líbanos mandou a seguinte mensagem para um cedro: “Dê a sua filha em casamento para o meu filho.” Mas um animal selvagem passou por ali e pisou em cima do espinheiro.

10 De fato, você, Amazias, venceu os edomitas e por isso está todo orgulhoso. Alegre-se com a sua fama e fique em casa. Para que arranjar um problema que trará somente a desgraça para você e para o seu povo?

11 Mas Amazias não quis atendê-lo. Então o rei Jeoás saiu com os seus soldados e lutou contra ele em Bete-Semes, na região de Judá.

12 O exército de Amazias foi derrotado, e todos os seus soldados fugiram para casa.

13 Jeoás prendeu Amazias em Bete-Semes, avançou para Jerusalém e derrubou as muralhas da cidade desde o Portão de Efraim até o Portão da Esquina, um trecho de mais ou menos duzentos metros.

14 Ele pegou toda a prata e todo o ouro que achou, pegou todos os objetos do Templo e todos os tesouros do palácio e também levou reféns. E voltou para Samaria.

15 Todas as outras coisas que Jeoás fez e também a sua coragem na batalha contra o rei Amazias, de Judá, estão escritas na História dos Reis de Israel.

16 Jeoás morreu e foi sepultado nos túmulos dos reis, em Samaria, e o seu filho Jeroboão II ficou no lugar dele como rei.

17 O rei Amazias, de Judá, viveu quinze anos depois da morte do rei de Israel, Jeoás, filho de Jeoacaz.

18 Todas as outras coisas que Amazias fez estão escritas na História dos Reis de Judá.

19 Houve uma conspiração em Jerusalém para matar Amazias, e por isso ele fugiu para a cidade de Laquis; mas os seus inimigos o seguiram até lá e o mataram.

20 O seu corpo foi levado de volta para Jerusalém num cavalo e foi sepultado nos túmulos dos reis, na Cidade de Davi.

21 Então o povo pôs no seu lugar como rei o seu filho Uzias, que tinha dezesseis anos de idade.

22 Depois da morte do seu pai, Uzias reconquistou e construiu de novo a cidade de Elate.

23 No ano quinze do reinado de Amazias, filho de Joás, em Judá, Jeroboão II, filho de Jeoás, se tornou rei de Israel e governou quarenta e um anos em Samaria.

24 Jeroboão II fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR. Não abandonou aqueles mesmos pecados que Jeroboão, filho de Nebate, havia feito o povo de Israel cometer no passado.

25 Jeroboão II conquistou de novo todo o território que havia sido de Israel, desde a subida de Hamate, no Norte, até o mar Morto, no Sul. O SENHOR, o Deus de Israel, havia prometido isso por meio do seu servo, o profeta Jonas, filho de Amitai, que era de Gate-Hefer.

26 O SENHOR Deus viu o terrível sofrimento dos israelitas; não havia ninguém, ninguém mesmo, que os ajudasse.

27 Mas o SENHOR não tinha a intenção de destruir o povo de Israel completamente e para sempre; por isso, ele os livrou por meio do rei Jeroboão II.

28 Todas as outras coisas que Jeroboão II fez, o seu poder, como ele lutou e como conquistou de novo as cidades de Damasco e Hamate para Israel, tudo está escrito na História dos Reis de Israel.

29 Jeroboão II morreu e foi sepultado nos túmulos dos reis, e o seu filho Zacarias ficou no lugar dele como rei.


2 REIS CAPITULO 15

1 No ano vinte e sete do reinado de Jeroboão II de Israel, Uzias, filho de Amazias, se tornou rei de Judá

2 com a idade de dezesseis anos. Ele governou cinqüenta e dois anos em Jerusalém. A sua mãe se chamava Jecolias e era da cidade de Jerusalém.

3 Seguindo o exemplo do seu pai, Uzias fez aquilo que agrada a Deus, o SENHOR.

4 Mas os lugares pagãos de adoração não foram destruídos, e o povo continuou a oferecer sacrifícios e a queimar incenso naqueles lugares.

5 O SENHOR Deus feriu o rei Uzias, e ele ficou sofrendo de uma terrível doença da pele até o fim da sua vida. Ele morava numa casa separada, e era o seu filho Jotão quem cuidava das coisas do governo e reinava no país.

6 Todas as outras coisas que Uzias fez estão escritas na História dos Reis de Judá.

7 Uzias morreu e foi sepultado nos túmulos dos reis, na Cidade de Davi, e o seu filho Jotão ficou no lugar dele como rei.

8 No ano trinta e oito do reinado de Uzias, de Judá, Zacarias, filho de Jeroboão II, se tornou rei de Israel e governou seis meses em Samaria.

9 Como aqueles que haviam sido reis antes dele, Zacarias fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR. Ele não abandonou aqueles mesmos pecados que o rei Jeroboão, filho de Nebate, havia feito o povo de Israel cometer no passado.

10 Salum, filho de Jabes, fez uma revolta contra o rei Zacarias, matou-o na cidade de Ibleão e ficou no lugar dele como rei.

11 Todas as outras coisas que Zacarias fez estão escritas na História dos Reis de Israel.

12 E assim foi cumprida a promessa que o SENHOR havia feito ao rei Jeú: “Os seus descendentes serão reis de Israel até a quarta geração.”

13 No ano trinta e nove do reinado de Uzias, de Judá, Salum, filho de Jabes, se tornou rei de Israel e governou um mês em Samaria.

14 Menaém, filho de Gadi, foi da cidade de Tirza até Samaria, matou Salum e ficou no lugar dele como rei.

15 Todas as outras coisas que Salum fez e também a história da sua revolta, tudo está escrito na História dos Reis de Israel.

16 Menaém destruiu a cidade de Tapua, matou os seus moradores e arrasou a região vizinha até Tirza; ele fez isso porque a cidade não se entregou a ele. Menaém mandou rasgar a barriga de todas as mulheres grávidas.

17 No ano trinta e nove do reinado de Uzias, de Judá, Menaém, filho de Gadi, se tornou rei de Israel e governou dez anos em Samaria.

18 Ele fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR. Nunca abandonou aqueles mesmos pecados que Jeroboão, filho de Nebate, havia feito o povo de Israel cometer no passado.

19 Tiglate-Pileser, rei da Assíria, invadiu a terra de Israel, e Menaém lhe entregou trinta e quatro toneladas de prata para que ele o ajudasse a se firmar no poder.

20 Para conseguir esse dinheiro, Menaém obrigou os homens ricos de Israel a contribuírem com cinqüenta barras de prata cada um. E assim Tiglate-Pileser voltou para a sua terra.

21 Todas as outras coisas que Menaém fez estão escritas na História dos Reis de Israel.

22 Ele morreu e foi sepultado, e o seu filho Pecaías ficou no lugar dele como rei.

23 No ano cinqüenta do reinado de Uzias, de Judá, Pecaías, filho de Menaém, se tornou rei de Israel e governou dois anos em Samaria.

24 Ele fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR, e nunca abandonou aqueles mesmos pecados que Jeroboão, filho de Nebate, havia feito o povo de Israel cometer no passado.

25 Um oficial do exército de Pecaías, chamado Peca, filho de Remalias, junto com cinqüenta homens de Gileade, fez uma revolta, matou Pecaías na fortaleza do palácio de Samaria e ficou no lugar dele como rei.

26 Todas as outras coisas que Pecaías fez estão escritas na História dos Reis de Israel.

27 No ano cinqüenta e dois do reinado de Uzias, de Judá, Peca, filho de Remalias, se tornou rei de Israel e governou vinte anos em Samaria.

28 Ele fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR, e nunca abandonou aqueles mesmos pecados que Jeroboão, filho de Nebate, havia feito o povo de Israel cometer no passado.

29 Foi durante o reinado de Peca que Tiglate-Pileser, rei da Assíria, conquistou as cidades de Ijom, Abel-Bete-Maacá, Janoa, Quedes, Hazor e as regiões de Gileade, Galiléia e Naftali e levou os seus moradores como prisioneiros para a Assíria.

30 No ano vinte do reinado de Jotão, filho de Uzias, como rei de Judá, Oséias, filho de Elá, fez uma revolta contra o rei Peca, matou-o e ficou no lugar dele como rei.

31 Todas as outras coisas que Peca fez estão escritas na História dos Reis de Israel.

32 No segundo ano do reinado de Peca, filho de Remalias, como rei de Israel, Jotão, filho de Uzias, se tornou rei de Judá

33 com a idade de vinte e cinco anos. Ele governou dezesseis anos em Jerusalém. A sua mãe se chamava Jerusa e era filha de Zadoque.

34 Seguindo o exemplo de Uzias, o seu pai, Jotão fez aquilo que agrada a Deus, o SENHOR.

35 Mas os lugares pagãos de adoração não foram destruídos, e o povo continuou a oferecer sacrifícios e a queimar incenso naqueles lugares. Foi Jotão quem construiu o Portão Norte do Templo.

36 Todas as outras coisas que Jotão fez estão escritas na História dos Reis de Judá.

37 Foi durante o reinado dele que pela primeira vez o SENHOR mandou Rezim, rei da Síria, e Peca, rei de Israel, atacar Judá.

38 Jotão morreu e foi sepultado nos túmulos dos reis, na Cidade de Davi, e o seu filho Acaz ficou no lugar dele como rei.


2 REIS CAPITULO 16

1 No ano dezessete do reinado de Peca, filho de Remalias, em Israel, Acaz, filho de Jotão, se tornou rei de Judá.

2 Acaz começou a reinar quando tinha vinte anos de idade. Ele governou dezesseis anos em Jerusalém. Acaz não seguiu o bom exemplo do seu antepassado, o rei Davi; pelo contrário, fez o que não agrada ao SENHOR, seu Deus,

3 e seguiu o exemplo dos reis de Israel. Ele chegou até a oferecer o próprio filho, queimando-o como oferta aos ídolos, seguindo o nojento costume dos povos que o SENHOR havia expulsado da Terra Prometida conforme os israelitas avançavam.

4 Acaz ofereceu sacrifícios e queimou incenso nos lugares pagãos de adoração, nos morros e debaixo de todas as árvores que dão sombra.

5 Rezim, rei da Síria, e o rei Peca, de Israel, atacaram e cercaram a cidade de Jerusalém, porém não puderam derrotar Acaz.

6 Nessa mesma época o rei de Edom reconquistou a cidade de Elate e expulsou os judeus que moravam lá. Os edomitas foram para Elate e ainda moram lá.

7 Acaz mandou alguns mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria, para entregarem a ele esta mensagem: “Eu sou seu criado e seu filho. Venha me salvar dos reis da Síria e de Israel, que estão me atacando.”

8 Acaz pegou a prata e o ouro do Templo e o tesouro do palácio e mandou de presente ao rei da Assíria.

9 Em resposta ao pedido de Acaz, o rei da Assíria marchou com o seu exército para a cidade de Damasco, conquistou-a, matou o rei Rezim e levou o povo para Quir como prisioneiro.

10 O rei Acaz foi a Damasco para se encontrar com o rei Tiglate-Pileser e viu o altar que havia ali. Então mandou para o sacerdote Urias o desenho e o modelo do altar, com todos os detalhes.

11 E Urias construiu um altar, seguindo todas as instruções que o rei Acaz havia mandado de Damasco, e terminou o trabalho antes que Acaz voltasse.

12 Ao chegar de Damasco, Acaz viu que o altar estava pronto,

13 e então queimou sobre ele sacrifícios de animais, ofertas de cereais, e derramou em cima dele uma oferta de vinho e o sangue de uma oferta de paz.

14 O altar de bronze, que era dedicado ao SENHOR Deus, ficava entre o novo altar e o Templo, e por isso Acaz o mudou para o lado norte do seu novo altar.

15 Então deu a Urias a seguinte ordem: —Use este meu altar grande para as ofertas que são completamente queimadas de manhã e para a oferta de cereais da tarde, para as ofertas que são completamente queimadas e as ofertas de cereais do rei e do povo e também para as ofertas de vinho do povo. Derrame sobre o altar o sangue de todos os animais que forem sacrificados. Mas deixe o altar de bronze a fim de que eu o use para adivinhações.

16 E Urias fez o que o rei mandou.

17 O rei Acaz desmontou as carretas de bronze que eram usadas no Templo e tirou as bacias que estavam em cima delas. Tirou também o tanque de bronze de cima das costas dos doze touros e colocou-o sobre uma base de pedra.

18 E, para agradar o rei da Assíria, Acaz também tirou do Templo a plataforma onde ficava o trono real e fechou a entrada particular por onde os reis entravam no Templo.

19 Todas as outras coisas que o rei Acaz fez estão escritas na História dos Reis de Judá.

20 Acaz morreu e foi sepultado nos túmulos dos reis, na Cidade de Davi, e o seu filho Ezequias ficou no lugar dele como rei.


2 REIS CAPITULO 17

1 No ano doze do reinado de Acaz, de Judá, Oséias, filho de Elá, se tornou rei de Israel e governou nove anos em Samaria.

2 Ele fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR, porém não tanto quanto os reis que governaram Israel antes dele.

3 O rei Salmaneser, da Assíria, fez guerra contra ele; Oséias foi dominado por Salmaneser e lhe pagava um imposto todos os anos.

4 Mas certo ano Oséias mandou alguns mensageiros a Sô, rei do Egito, pedindo a sua ajuda, e parou de pagar o imposto anual à Assíria. Quando Salmaneser soube dessa revolta, mandou prender Oséias e colocá-lo na prisão.

5 Então Salmaneser invadiu Israel e cercou a cidade de Samaria. No terceiro ano do cerco,

6 que era o nono ano do reinado de Oséias, o rei da Assíria conquistou a cidade de Samaria e levou os israelitas para a Assíria como prisioneiros. Ele mandou que alguns fossem morar na cidade de Hala, outros, perto do rio Habor, que fica no distrito de Gozã, e ainda outros, nas cidades da Média.

7 A cidade de Samaria foi conquistada porque os israelitas pecaram contra o SENHOR, seu Deus, que os havia livrado de Faraó, rei do Egito, e os havia tirado para fora daquele país. Eles adoraram outros deuses,

8 seguiram os costumes dos povos que o SENHOR havia expulsado conforme eles avançavam e seguiram também os costumes adotados pelos reis de Israel.

9 Os israelitas fizeram coisas que o SENHOR, seu Deus, não aprova. Eles construíram lugares pagãos de adoração em todas as suas cidades, desde o menor povoado até a maior cidade.

10 Em todos os morros e debaixo de todas as árvores que dão sombra, eles levantaram colunas do deus Baal e postes-ídolos.

11 E também queimaram incenso em todos os altares pagãos, seguindo o costume dos povos que o SENHOR havia expulsado da Terra Prometida. Eles provocaram a ira de Deus, o SENHOR, com todas as coisas más que fizeram;

12 e adoraram ídolos, coisa que o SENHOR havia proibido.

13 O SENHOR Deus havia mandado mensageiros e profetas darem o seguinte aviso a Israel e a Judá: “Abandonem os seus maus caminhos e obedeçam aos meus mandamentos, que estão na Lei que eu dei aos seus antepassados e que entreguei a vocês por meio dos meus servos, os profetas.”

14 Mas os israelitas do Reino do Norte não quiseram obedecer; foram teimosos como os seus antepassados, que não confiaram no SENHOR, o Deus deles.

15 Eles não quiseram obedecer aos seus ensinamentos e não guardaram a aliança que ele tinha feito com os seus antepassados e desprezaram os avisos dele. Adoraram ídolos sem valor e desse modo eles mesmos ficaram sem valor. Seguiram os costumes das nações vizinhas, desobedecendo à ordem que o SENHOR tinha dado para que não as imitassem.

16 Eles desobedeceram a todas as leis do SENHOR, seu Deus, e fizeram dois touros de metal para adorar. Também fizeram um Poste-ídolo, adoraram as estrelas e serviram o deus Baal.

17 Queimaram os seus filhos e filhas como sacrifício a deuses pagãos, consultaram médiuns e adivinhos e só fizeram coisas erradas, que o SENHOR não aprova, e por isso ele ficou irado com eles.

18 O SENHOR ficou tão irado, que os expulsou da sua presença, deixando somente o Reino de Judá.

19 Mas mesmo o povo de Judá não obedeceu às leis do SENHOR, seu Deus; eles imitaram os costumes adotados pelo povo de Israel.

20 Por isso, o SENHOR rejeitou todos os israelitas; ele os castigou, entregando-os a inimigos cruéis, e no fim os expulsou da sua presença.

21 Depois que o SENHOR Deus separou Israel de Judá, os israelitas colocaram Jeroboão, filho de Nebate, como seu rei. Jeroboão os fez abandonar o SENHOR e os levou a cometer um terrível pecado.

22 Os israelitas seguiram Jeroboão e continuaram a praticar todos os pecados que ele havia cometido,

23 até que finalmente o SENHOR os expulsou da sua presença, como havia avisado por meio dos seus servos, os profetas. E assim o povo de Israel foi levado para o cativeiro na Assíria, onde eles moram até hoje.

24 O rei da Assíria trouxe gente das cidades de Babilônia, Cutá, Iva, Hamate e Sefarvaim e os fez morar nas cidades de Samaria, em lugar dos israelitas que haviam sido levados como prisioneiros. Esses assírios tomaram posse daquelas cidades e ficaram morando ali.

25 Quando foram morar lá, eles não adoravam a Deus, o SENHOR, e por isso ele mandou leões, que mataram alguns deles.

26 O rei da Assíria ficou sabendo que as pessoas que ele havia mandado morar nas cidades de Samaria não conheciam a lei do deus daquela terra, e por isso esse deus havia mandado leões, que estavam matando aquelas pessoas.

27 Então o rei deu a seguinte ordem: “Mandem de volta um dos sacerdotes que nós trouxemos como prisioneiros. Façam com que ele volte e fique morando lá, para ensinar ao povo a lei do deus daquela terra.”

28 Então um sacerdote israelita que havia sido levado da cidade de Samaria foi e ficou morando em Betel, onde ensinava ao povo como adorar a Deus, o SENHOR.

29 Mas o povo que ficou morando no território de Samaria continuou a fazer os seus próprios ídolos e os colocou nos santuários que os samaritanos haviam construído. Cada povo, nas cidades onde estava morando, fez os seus próprios ídolos:

30 isto é, o povo de Babilônia fez imagens do deus Sucote-Benote; o povo de Cutá, imagens de Nergal; o povo de Hamate, imagens de Asima;

31 o povo de Iva, imagens de Nibaz e Tartaque; e o povo de Sefarvaim queimava os seus filhos em sacrifício aos seus deuses Adrameleque e Anameleque.

32 Esses povos também adoravam a Deus, o SENHOR, mas ao mesmo tempo escolhiam no meio deles todos os tipos de pessoas para servirem como sacerdotes nos lugares pagãos de adoração e para oferecerem sacrifícios por eles naqueles lugares.

33 E assim eles adoravam o SENHOR, mas também adoravam os seus próprios deuses, de acordo com os costumes dos países de onde tinham vindo.

34 Até hoje eles continuam com os seus antigos costumes. Eles não adoram a Deus, o SENHOR, nem obedecem às leis e aos mandamentos que ele deu aos descendentes de Jacó, a quem tinha dado o nome de Israel.

35 O SENHOR havia feito uma aliança com eles e havia ordenado o seguinte: “Não adorem outros deuses; não se ajoelhem diante deles, não os sirvam, nem ofereçam sacrifícios a eles.

36 Obedeçam a mim, o SENHOR, que tirei vocês do Egito com grande poder e força; ajoelhem-se diante de mim e ofereçam sacrifícios a mim.

37 Obedeçam sempre às leis e aos mandamentos que escrevi para vocês. Não adorem outros deuses,

38 nem esqueçam a aliança que fiz com vocês.

39 Adorem a mim, o SENHOR, o Deus de vocês, e eu os livrarei de todos os seus inimigos.”

40 Mas esses povos não atenderam e continuaram a seguir os seus velhos costumes.

41 E assim eles adoravam a Deus, o SENHOR, mas também adoravam os seus ídolos; e até hoje os seus descendentes continuam a fazer a mesma coisa.


2 REIS CAPITULO 18

1 No terceiro ano do reinado de Oséias, filho de Elá, como rei de Israel, Ezequias, filho de Acaz, se tornou rei de Judá.

2 Quando isso aconteceu, Ezequias tinha vinte e cinco anos de idade. Ele governou vinte e nove anos em Jerusalém. A sua mãe se chamava Abia e era filha de Zacarias.

3 Seguindo o exemplo do seu antepassado, o rei Davi, Ezequias fez aquilo que agrada a Deus, o SENHOR.

4 Ele destruiu os lugares pagãos de adoração, quebrou as colunas do deus Baal e derrubou o Poste-ídolo. Também fez em pedaços a cobra de bronze que Moisés havia feito e que era chamada de Neustã. Até aquela época o povo de Israel queimava incenso em honra dela.

5 Ezequias confiou no SENHOR, o Deus de Israel; Judá nunca teve um rei como ele, nem antes nem depois daquela época.

6 Ezequias ficou ligado com o SENHOR e nunca desobedeceu a ele, mas guardou cuidadosamente todos os mandamentos que o SENHOR Deus tinha dado a Moisés.

7 Por isso, o SENHOR estava com ele, e ele teve sucesso em tudo o que fez. Ezequias se revoltou contra o rei da Assíria e não quis ser dominado por ele.

8 Venceu os filisteus, invadiu o seu território, desde o menor povoado até a maior cidade, e atacou a cidade de Gaza e a região ao seu redor.

9 No quarto ano do reinado de Ezequias, que era o sétimo ano do reinado de Oséias, filho de Elá, como rei de Israel, o rei Salmaneser, da Assíria, invadiu Israel, e o seu exército cercou a cidade de Samaria.

10 No terceiro ano do cerco, Samaria foi conquistada. Isso aconteceu no sexto ano do reinado de Ezequias, que era o nono ano do reinado de Oséias.

11 O rei da Assíria levou os israelitas como prisioneiros para a sua terra; mandou que alguns deles fossem morar na cidade de Hala, outros, perto do rio Habor, no distrito de Gozã, e ainda outros, nas cidades da Média.

12 Essas coisas aconteceram porque os israelitas não obedeceram ao SENHOR, o Deus deles, mas quebraram a aliança que o SENHOR havia feito com eles e desobedeceram a todas as leis dadas por Moisés, servo do SENHOR. Eles não quiseram atender, nem obedecer.

13 No ano catorze do reinado de Ezequias, de Judá, Senaqueribe, rei da Assíria, atacou todas as cidades de Judá que eram cercadas de muralhas e as conquistou.

14 Ezequias mandou uma mensagem a Senaqueribe, que estava em Laquis. A mensagem foi esta: “Eu errei. Por favor, saia do meu país, que eu pagarei tudo o que o senhor exigir.” O rei mandou uma resposta, dizendo que Ezequias devia lhe mandar dez mil quilos de prata e mil quilos de ouro.

15 Então Ezequias mandou para ele toda a prata do Templo e do tesouro do palácio.

16 Ele também arrancou o ouro das portas do Templo e o ouro com que ele mesmo havia revestido os batentes e mandou tudo para Senaqueribe.

17 Mas o rei da Assíria mandou de Laquis um grande exército para atacar Ezequias em Jerusalém. O exército era comandado pelos seus três mais altos oficiais. Quando chegaram a Jerusalém, eles ocuparam a estrada onde os tintureiros trabalham, perto do canal que traz água do açude de cima.

18 Então os oficiais mandaram chamar o rei Ezequias, e três autoridades de Judá saíram para falar com eles. Eram Eliaquim, filho de Hilquias, que era o encarregado do palácio, Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, que era o conselheiro do rei.

19 Um dos oficiais assírios lhes disse: —Levem para Ezequias esta mensagem do grande rei, o rei da Assíria: “Em que você está baseando a sua confiança?

20 Você está pensando que as palavras podem tomar o lugar da experiência militar e da força? Quem você pensa que vai ajudá-lo na sua revolta contra o rei da Assíria?

21 Você está confiando na ajuda do Egito, mas isso é o mesmo que usar um caniço como bengala, isto é, ele vai quebrar e furar a sua mão. Assim é Faraó, rei do Egito, para aqueles que confiam nele.

22 Ou, por acaso, você vai me dizer que confia no SENHOR, seu Deus? E não foram os santuários e os altares do SENHOR que Ezequias destruiu quando mandou que o povo de Judá e de Jerusalém adorasse somente no altar de Jerusalém?

23 Eu vou fazer um trato com você em nome do rei da Assíria. Eu lhe darei dois mil cavalos se você puder arranjar homens suficientes para montá-los.

24 Você não poderia vencer nem o oficial assírio menos graduado e, no entanto, espera que os egípcios lhe mandem carros de guerra e cavalaria!

25 Você pensa que eu ataquei e destruí o seu país sem a ajuda de Deus, o SENHOR? Foi ele mesmo quem me mandou atacá-lo e destruí-lo!”

26 Então Eliaquim, Sebna e Joá disseram ao oficial: —Fale em aramaico, pois nós entendemos. Não fale em hebraico, pois todas as pessoas que estão nas muralhas estão escutando.

27 Ele respondeu: —Vocês pensam que o rei me mandou dizer todas essas coisas somente para vocês e para o seu rei? Não! Não foi só isso. Eu estou falando também com as pessoas que estão sentadas nas muralhas e que terão de comer as suas próprias fezes e beber a sua própria urina; e vocês também vão fazer isso.

28 Então o oficial ficou de pé e gritou em hebraico: —Escutem o que o grande rei, o rei da Assíria, está dizendo a vocês!

29 Ele mandou avisar que não deixem que Ezequias os engane, pois ele não poderá salvá-los.

30 E não deixem que ele os convença a confiar em Deus, o SENHOR. Não pensem que o SENHOR os salvará e não deixará que o nosso exército assírio conquiste a cidade de vocês.

31 Não dêem atenção a Ezequias. O rei da Assíria manda que vocês saiam da cidade e se entreguem. Vocês terão licença para comer uvas das suas próprias parreiras e figos das suas figueiras e para beber água dos seus próprios poços,

32 até que o rei os leve para morar num país parecido com o de vocês, onde há plantações de uvas para fazer vinho e onde há trigo para fazer pão. É uma terra de oliveiras, azeite e mel. Se fizerem o que ele está mandando, vocês não morrerão, mas viverão. Não deixem que Ezequias os engane, fazendo vocês pensarem que o SENHOR vai salvá-los.

33 Será que os deuses das outras nações as salvaram do rei da Assíria?

34 Onde estão agora os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim, de Hena e de Iva? Será que os deuses de Samaria salvaram Samaria do meu poder?

35 Quando foi que os deuses de todos esses países os salvaram do nosso rei? O que é, então, que faz vocês pensarem que o SENHOR pode salvar Jerusalém do poder dele?

36 Mas o povo ficou calado, de acordo com a ordem do rei Ezequias; eles não disseram nem uma só palavra.

37 Então Eliaquim, Sebna e Joá rasgaram as suas roupas em sinal de tristeza e foram contar ao rei aquilo que o oficial assírio tinha dito.


2 REIS CAPITULO 19

1 Assim que o rei Ezequias ouviu o que eles contaram, rasgou as suas roupas em sinal de tristeza, vestiu uma roupa feita de pano grosseiro e foi para o Templo de Deus, o SENHOR.

2 Ele mandou que Eliaquim, o encarregado do palácio, Sebna, o escrivão, e os sacerdotes mais velhos fossem falar com o profeta Isaías, filho de Amoz. Eles também estavam vestindo roupas de pano grosseiro.

3 A mensagem que o rei mandou entregar a Isaías foi esta: “Hoje é um dia de sofrimento; nós estamos sendo castigados e estamos envergonhados. Somos como uma mulher que está para dar à luz, mas não tem forças para isso.

4 O rei da Assíria nos mandou o chefe do seu exército para insultar o Deus vivo. Que o SENHOR, nosso Deus, escute esses insultos e castigue quem os disse! Portanto, ore a Deus pelas pessoas do nosso povo que ainda estão vivas.”

5 Os funcionários do rei Ezequias levaram a mensagem,

6 e Isaías mandou esta resposta: “O SENHOR Deus diz que o senhor não deve deixar que os assírios o assustem, dizendo que Deus não pode salvá-lo.

7 Deus vai fazer o rei assírio ouvir uma notícia que o fará voltar para a terra dele, e Deus vai fazer com que ele seja morto ali.”

8 O oficial assírio soube que o rei da Assíria havia saído de Laquis e que estava lutando contra a cidade de Libna. Então foi até lá para falar com ele.

9 Os assírios souberam que o exército dos egípcios, comandado pelo rei Tiraca, da Etiópia, vinha vindo para atacá-los. Quando o rei da Assíria soube disso, mandou uma carta para o rei Ezequias, de Judá.

10 A carta dizia assim: “O seu deus, em quem você confia, lhe disse que Jerusalém não vai cair nas minhas mãos; mas não deixe que ele o engane.

11 Você já ouviu falar daquilo que um rei assírio faz com qualquer país que ele resolve destruir? Por acaso, você pensa que poderá escapar?

12 Os meus antepassados destruíram as cidades de Gozã, Harã e Rezefe e mataram o povo de Éden, que morava em Telassar, e nenhum dos seus deuses os pôde salvar.

13 Onde estão os reis das cidades de Hamate, Arpade, Sefarvaim, Hena e Iva?”

14 O rei Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros e a leu. Então foi até o Templo, pôs a carta ali, na presença de Deus, o SENHOR,

15 e orou assim: —Ó SENHOR, Deus de Israel, que estás sentado no teu trono que fica acima dos querubins! Só tu és Deus e governas todos os reinos do mundo. Tu criaste o céu e a terra.

16 Ó SENHOR, olha para o que está acontecendo com a gente. Escuta todas as coisas que Senaqueribe está dizendo a fim de insultar a ti, o Deus vivo.

17 Todos nós sabemos, ó SENHOR, que os reis da Assíria destruíram muitas nações, arrasaram as suas terras

18 e queimaram os seus deuses, que não eram deuses de verdade e sim imagens de madeira e de pedra feitas por mãos humanas.

19 Agora, ó SENHOR, nosso Deus, salva-nos dos assírios, para que todas as nações do mundo fiquem sabendo que só tu, ó SENHOR, és Deus.

20 Então Isaías mandou uma mensagem para o rei Ezequias. Nela, ele dizia que, em resposta à oração do rei,

21 o SENHOR, o Deus de Israel, tinha dito o seguinte: “A cidade de Jerusalém ri e caçoa de você, Senaqueribe.

22 Contra quem você pensa que falou? Para quem você olhou com orgulho? A quem você pensa que ofendeu e insultou? Você fez tudo isso contra mim, o Santo Deus de Israel.

23 Você me mandou os seus mensageiros para se gabarem de que com os seus muitos carros de guerra você conquistou as mais altas montanhas do Líbano. Você se gabou de ter cortado os mais altos cedros e os melhores ciprestes e de ter chegado até os lugares mais distantes das lindas florestas.

24 Você se gabou de ter cavado poços em terras estrangeiras e de ter bebido da água deles. Gabou-se também de que os pés dos seus soldados fizeram secar o rio Nilo.

25 “Por acaso, você não sabe que fui eu que planejei tudo isso há muito tempo e agora fiz tudo acontecer? Eu dei a você o poder de fazer cidades cercadas de muralhas virarem montões de entulho.

26 Por isso, os seus moradores ficaram fracos e andavam cheios de medo e de vergonha. Eles ficaram como o capim do campo e a erva verde e como a erva que cresce nos telhados, quando o vento quente do leste sopra e os faz secar.

27 “Mas eu o conheço muito bem; sei o que você faz e aonde vai. Sei que você me odeia.

28 Eu soube do seu ódio e do seu orgulho, e agora vou pôr uma argola no seu nariz e um freio na sua boca, e farei você voltar pelo mesmo caminho por onde veio.”

29 Depois Isaías disse ao rei Ezequias: —Este é o sinal daquilo que vai acontecer: neste ano e no ano que vem, vocês terão para comer somente aquilo que nascer por si mesmo, sem ser plantado. Mas no ano seguinte vocês poderão semear e colher cereais, plantar parreiras e comer as uvas.

30 As pessoas de Judá que não tiverem morrido vão florescer como plantas que firmam as suas raízes na terra e dão frutas.

31 Pois ficará gente em Jerusalém e no monte Sião porque o SENHOR Deus resolveu fazer com que isso aconteça.

32 Isaías continuou: —Portanto, o SENHOR Deus diz o seguinte a respeito do rei da Assíria: “Ele não entrará nesta cidade e não atirará uma só flecha contra ela. Nenhum soldado com escudo chegará perto da cidade, e não serão construídas rampas de ataque ao redor dela.

33 O rei da Assíria vai voltar pelo mesmo caminho por onde veio, sem ter entrado nesta cidade.

34 Eu defenderei e protegerei esta cidade por causa da minha honra e por causa da promessa que fiz ao meu servo Davi. Eu, o SENHOR, falei.”

35 Naquela noite o Anjo do SENHOR foi até o acampamento dos assírios e matou cento e oitenta e cinco mil soldados. De manhã, os que sobraram viram os corpos dos mortos.

36 Então Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou, voltou para Nínive e ficou lá.

37 Certo dia, quando ele estava adorando no templo do seu deus Nisroque, os seus filhos Adrameleque e Sarezer o mataram à espada e fugiram para a terra de Ararate. Outro filho seu, chamado Esar-Hadom, ficou no lugar dele como rei.


2 REIS CAPITULO 20

1 Por esse tempo, o rei Ezequias ficou doente e quase morreu. O profeta Isaías, filho de Amoz, foi visitá-lo e disse: —O SENHOR Deus diz: “Ponha as suas coisas em ordem porque você não vai sarar. Apronte-se para morrer.”

2 Então Ezequias virou o rosto para a parede e orou assim:

3 Ó SENHOR Deus, lembra que eu tenho te servido com fidelidade e com todo o coração e sempre fiz aquilo que querias que eu fizesse. E chorou amargamente.

4 Isaías saiu do quarto em que o rei estava, mas, antes que tivesse passado pelo pátio central do palácio, o SENHOR Deus lhe disse:

5 Volte e diga o seguinte a Ezequias, o governador do meu povo: “Eu, o SENHOR, o Deus do seu antepassado Davi, escutei a sua oração e vi as suas lágrimas. Eu vou curá-lo, e daqui a três dias você irá até o Templo.

6 Vou deixar que você viva mais quinze anos. Livrarei você e esta cidade de Jerusalém do rei da Assíria. Defenderei esta cidade por causa da minha honra e por causa da promessa que fiz ao meu servo Davi.”

7 Então Isaías disse: —Ponham uma pasta de figos em cima da úlcera do rei, e ele ficará bom.

8 E o rei Ezequias perguntou: —Qual será o sinal de que o SENHOR Deus vai me curar e de que daqui a três dias eu poderei ir até o Templo?

9 Isaías respondeu: —O SENHOR lhe dará um sinal para provar que vai cumprir a sua promessa. O que você prefere: que a sombra da escadaria avance dez degraus ou volte dez degraus?

10 Ezequias respondeu: —Fazer a sombra avançar dez degraus é fácil! Eu quero é que ela volte dez degraus.

11 Então Isaías orou a Deus, o SENHOR, e ele fez a sombra voltar dez degraus na escadaria feita pelo rei Acaz.

12 Por esse mesmo tempo, o rei da Babilônia, Merodaque-Baladã, filho de Baladã, soube que o rei Ezequias havia estado doente. Então lhe mandou uma carta e um presente.

13 Ezequias recebeu bem os mensageiros e lhes mostrou toda a sua riqueza, isto é, a sua prata e o seu ouro, as suas especiarias, os seus perfumes e todas as suas armas. Não houve nada nos seus depósitos ou em qualquer outro lugar que Ezequias não mostrasse.

14 Então o profeta Isaías foi falar com ele e perguntou: —De onde vieram esses homens, e o que foi que lhe disseram? Ezequias respondeu: —Eles vieram de um país que fica muito longe daqui. Vieram da Babilônia.

15 Isaías perguntou: —O que foi que eles viram no palácio? O rei respondeu: —Viram tudo. Não houve nada nos depósitos que eu não lhes mostrasse.

16 Então Isaías disse ao rei: —O SENHOR Deus diz que

17 vai chegar o tempo em que tudo aquilo que está no seu palácio, isto é, tudo o que os seus antepassados ajuntaram até hoje, será levado para a Babilônia. Não ficará nada.

18 Alguns dos seus próprios filhos serão levados como prisioneiros e feitos eunucos para trabalhar no palácio do rei da Babilônia.

19 O rei Ezequias entendeu que isso queria dizer que durante a vida dele haveria paz e segurança. Por isso, disse: —A mensagem do SENHOR que você me deu é boa.

20 Todas as outras coisas que o rei Ezequias fez, os seus atos de coragem, e como ele construiu um reservatório e cavou um túnel para levar água para dentro da cidade, tudo isso está escrito na História dos Reis de Judá.

21 Ezequias morreu, e o seu filho Manassés ficou no lugar dele como rei.


2 REIS CAPITULO 21

1 Manassés tinha doze anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou cinqüenta e cinco anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Hefziba.

2 Manassés pecou contra Deus, o SENHOR, seguindo os costumes nojentos das nações que o SENHOR havia expulsado da terra conforme o povo de Israel avançava.

3 Ele construiu de novo os lugares pagãos de adoração que Ezequias, o seu pai, havia destruído. Construiu altares para a adoração do deus Baal e fez um Poste-ídolo, como Acabe, rei de Israel, havia feito. Manassés também adorou as estrelas

4 e construiu altares pagãos no Templo onde, conforme o SENHOR Deus tinha dito, ele devia ser adorado.

5 Nos dois pátios do Templo, Manassés construiu altares para a adoração das estrelas.

6 Queimou o seu filho em sacrifício, fazia adivinhações e feitiçarias e consultava adivinhos e médiuns. Pecou muito contra Deus, o SENHOR, e fez com que ele ficasse irado.

7 Manassés colocou uma imagem do Poste-ídolo no Templo, o lugar a respeito do qual o SENHOR tinha dito o seguinte a Davi e ao seu filho Salomão: “Em todo o território das doze tribos de Israel, escolhi este Templo, aqui em Jerusalém, para ser o lugar onde serei adorado para sempre.

8 E, se o povo de Israel obedecer a todos os meus mandamentos e fizer tudo o que manda a Lei que o meu servo Moisés deu a eles, então eu não deixarei que sejam expulsos da terra que dei aos seus antepassados.”

9 Mas o povo de Judá não obedeceu a Deus, e Manassés os levou a cometer pecados ainda piores do que aqueles cometidos pelas nações que o SENHOR Deus havia destruído conforme o seu povo ia avançando.

10 Por meio dos seus servos, os profetas, o SENHOR Deus disse:

11 O rei Manassés, de Judá, tem feito essas coisas nojentas, coisas muito piores do que aquelas que os amorreus fizeram, e com os seus ídolos levou o povo de Judá a pecar.

12 Por isso, eu, o SENHOR, o Deus de Israel, vou fazer cair sobre Jerusalém e sobre Judá uma desgraça tão grande, que todos aqueles que ouvirem contar a respeito dela ficarão espantados.

13 Eu castigarei Jerusalém como fiz com a cidade de Samaria e como fiz com o rei Acabe, de Israel, e com os seus descendentes. Deixarei Jerusalém limpa do seu povo, tão limpa como um prato que foi esfregado e virado de boca para baixo.

14 Eu abandonarei as pessoas que não tiverem morrido e as entregarei aos seus inimigos, que as prenderão e que roubarão tudo o que houver na sua terra.

15 Farei isso com o meu povo porque eles têm feito coisas erradas, que não me agradam, e me têm deixado irado desde o tempo em que os antepassados deles saíram do Egito até hoje.

16 Manassés matou tantas pessoas inocentes, que as ruas de Jerusalém ficaram alagadas de sangue. Além disso, ele cometeu o pecado de levar o povo de Judá a adorar ídolos, fazendo o que é errado, o que não agrada a Deus, o SENHOR.

17 Todas as outras coisas que Manassés fez e também os pecados que ele cometeu, tudo isso está escrito na História dos Reis de Judá.

18 Manassés morreu e foi sepultado no jardim do palácio, o jardim de Uzá, e o seu filho Amom ficou no lugar dele como rei.

19 Amom tinha vinte e dois anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou dois anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Mesulemete e era filha de Haruz, da cidade de Jotbatá.

20 Como o seu pai Manassés, Amom fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR.

21 Ele imitou as ações do seu pai e adorou e serviu os ídolos que o seu pai havia adorado.

22 Assim Amom abandonou o SENHOR, o Deus dos seus antepassados, e foi desobediente a ele.

23 Os oficiais de Amom fizeram uma revolta contra ele e o mataram no palácio.

24 Mas o povo de Judá matou todos os que haviam feito a revolta contra Amom e pôs o seu filho Josias como rei.

25 Todas as outras coisas que Amom fez estão escritas na História dos Reis de Judá.

26 Amom foi enterrado na sua sepultura, no jardim de Uzá, e o seu filho Josias ficou no lugar dele como rei.


2 REIS CAPITULO 22

1 Josias tinha oito anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou trinta e um anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Jedida e era filha de Adaías, da cidade de Boscate.

2 Josias fez o que agrada a Deus, o SENHOR; ele seguiu o exemplo do seu antepassado, o rei Davi, e não se desviou nem para um lado nem para o outro.

3 No ano dezoito do seu reinado, Josias mandou que Safã, o escrivão, filho de Azalias e neto de Mesulã, fosse ao Templo. Josias deu a seguinte ordem:

4 Vá falar com Hilquias, o Grande Sacerdote, e diga a ele que conte o dinheiro que os sacerdotes que tomam conta da entrada do Templo têm recebido do povo.

5 Ele que entregue esse dinheiro aos homens que estão encarregados dos consertos do Templo. Eles devem pagar

6 os carpinteiros, os construtores e os pedreiros e comprar a madeira e as pedras para os consertos.

7 Os homens que estão encarregados dos consertos são honestos em tudo, e por isso não é preciso pedir que eles prestem contas desse dinheiro.

8 Safã deu a ordem do rei a Hilquias, e este lhe contou que havia achado o Livro da Lei no Templo. Hilquias lhe entregou o livro, e ele o leu.

9 Depois Safã voltou e contou ao rei o seguinte: —Os seus servidores pegaram o dinheiro que estava no Templo e o entregaram aos encarregados dos consertos.

10 E Safã disse também: —Tenho aqui comigo um livro que Hilquias me entregou. E leu o livro em voz alta para o rei.

11 Quando ouviu o que o Livro da Lei dizia, o rei rasgou as suas roupas em sinal de tristeza.

12 Então deu a Hilquias, o sacerdote, e a Aicã, filho de Safã, e a Acbor, filho de Micaías, e a Safã, o escrivão, e a Asaías, o servidor do rei, a seguinte ordem:

13 Vão consultar a Deus, o SENHOR, por mim e por todo o povo de Judá a respeito dos ensinamentos deste livro. Deus está irado conosco porque os nossos antepassados não fizeram o que este livro manda.

14 Hilquias, Aicã, Abdom, Safã e Asaías foram falar com uma profetisa chamada Hulda, que morava no bairro novo de Jerusalém. O marido dela, que se chamava Salum, filho de Ticva e neto de Harás, era o encarregado da rouparia do Templo. Eles contaram a Hulda o que havia acontecido,

15 e ela lhes disse que voltassem e dessem ao rei

16 a seguinte mensagem: —Eu, o SENHOR, o Deus de Israel, vou castigar a cidade de Jerusalém e todo o seu povo, como está escrito no livro que o rei leu.

17 Eles me abandonaram e têm oferecido sacrifícios a outros deuses e assim me fizeram ficar irado por causa de todas as coisas que têm feito. A minha ira se acendeu contra Jerusalém e não vai se apagar.

18 Eu, o SENHOR, o Deus de Israel, digo isto a respeito do rei: “Você ouviu o que está escrito no livro,

19 e se arrependeu, e se humilhou diante de mim, rasgando as suas roupas e chorando quando ouviu como ameacei castigar a cidade de Jerusalém e o seu povo. Eu vou fazer com que Jerusalém vire um lugar horrível de se ver, e o nome desta cidade será usado para rogar pragas. Mas eu ouvi a sua oração

20 e por isso só depois da sua morte é que vou castigar Jerusalém. Vou deixar que você morra em paz.” Então os homens levaram ao rei essa resposta.


2 REIS CAPITULO 23

1 O rei Josias ordenou que todas as autoridades de Judá e de Jerusalém se reunissem com ele,

2 e eles foram todos juntos até o Templo, acompanhados pelos sacerdotes, pelos profetas e por todo o resto do povo, tanto os mais importantes como os mais humildes. Então o rei leu diante deles todo o Livro da Aliança que havia sido achado no Templo.

3 Ele ficou perto da coluna real, em pé, e fez com Deus, o SENHOR, uma aliança pela qual eles lhe obedeceriam e guardariam as suas leis e mandamentos com todo o coração e com toda a alma. E também cumpririam tudo o que a aliança mandava fazer, como estava escrito no livro. E todo o povo prometeu cumprir a aliança.

4 Então Josias ordenou a Hilquias, o Grande Sacerdote, aos sacerdotes-ajudantes e aos guardas que estavam de serviço na entrada do Templo que tirassem para fora do Templo todos os objetos usados na adoração do deus Baal, do Poste-ídolo e das estrelas. O rei queimou todos esses objetos fora da cidade, perto do vale do Cedrom, e mandou que levassem as cinzas para Betel.

5 Retirou do serviço os sacerdotes pagãos que os reis de Judá haviam nomeado para oferecer sacrifícios sobre os altares dedicados aos ídolos, nas cidades de Judá e nos lugares de perto de Jerusalém. Também retirou todos os sacerdotes que ofereciam sacrifícios ao deus Baal, ao sol, à lua, aos planetas e às estrelas.

6 Ele retirou do Templo o Poste-ídolo e o levou para fora da cidade, para o vale do Cedrom. Ali ele o queimou e fez virar cinza, que espalhou no cemitério público.

7 Ele destruiu os quartos do Templo onde ficavam os prostitutos. Era nesse lugar que as mulheres teciam as roupas usadas na adoração do Poste-ídolo.

8 O rei Josias levou para Jerusalém os sacerdotes que estavam nas cidades de Judá e, por todo o país, desde Geba até Berseba, ele profanou os altares onde esses sacerdotes haviam oferecido sacrifícios. O rei também derrubou os altares dedicados aos demônios do deserto. Esses altares ficavam perto do portão construído por Josué, o governador da cidade. O portão ficava à esquerda de quem entrava na cidade.

9 Esses sacerdotes estavam proibidos de oferecer sacrifícios no Templo de Deus, o SENHOR, mas podiam comer os pães sem fermento junto com os outros sacerdotes.

10 O rei Josias também profanou Tofete, o lugar pagão de adoração que ficava no vale do Hinom, para que ninguém queimasse o seu filho ou filha como sacrifício ao deus Moloque.

11 Ele também retirou os cavalos que os reis de Judá haviam dedicado à adoração do sol e queimou os carros usados nessa adoração. Esses carros ficavam guardados no pátio do Templo, perto do portão e perto do quarto de Natã-Meleque, um alto funcionário.

12 O rei Josias derrubou os altares que os reis de Judá haviam construído no terraço do palácio, sobre a sala do rei Acaz, e também destruiu os altares construídos pelo rei Manassés nos dois pátios do Templo. Ele os fez em pedaços e jogou no vale do Cedrom.

13 Josias profanou também os altares que o rei Salomão havia construído a leste de Jerusalém, ao sul do monte das Oliveiras, para a adoração de Astarote, a nojenta deusa dos sidônios, para a adoração de Quemos, o nojento deus dos moabitas, e para a adoração de Moloque, o nojento deus dos amonitas.

14 O rei Josias fez em pedaços as colunas do deus Baal, derrubou os postes-ídolos e cobriu de ossos de gente o lugar onde eles haviam estado.

15 Josias também derrubou o lugar de adoração que ficava em Betel e que havia sido construído pelo rei Jeroboão, filho de Nebate, que tinha feito o povo de Israel pecar. Josias derrubou o altar, quebrou as suas pedras em pedaços e as esmigalhou até virarem pó. Ele também queimou o Poste-ídolo.

16 Então Josias olhou em redor e viu algumas sepulturas ali no morro; mandou que tirassem delas os ossos e os queimou sobre o altar. Dessa maneira ele profanou o altar, fazendo aquilo que o profeta tinha dito que ia acontecer, isso há muito tempo, quando o rei Jeroboão estava perto do altar, durante uma festa. O rei Josias olhou em redor e viu a sepultura do profeta que havia feito aquela profecia.

17 Então perguntou: —Que sepultura é esta? O povo de Betel respondeu: —É a sepultura do profeta que veio de Judá e profetizou as coisas que o senhor acabou de fazer com este altar.

18 Deixem a sepultura como está! —ordenou Josias. —Não mexam nos ossos dele. E assim os ossos daquele profeta ficaram junto com os ossos do profeta que tinha vindo de Samaria.

19 Em todas as cidades de Israel, Josias derrubou todos os lugares pagãos de adoração que haviam sido construídos pelos reis de Israel e que haviam provocado a ira do SENHOR. Com todos esses altares ele fez aquilo que havia feito em Betel.

20 E também matou todos os sacerdotes pagãos sobre os altares onde eles haviam oferecido sacrifícios e queimou ossos de gente em todos os altares. Depois voltou para Jerusalém.

21 O rei Josias ordenou que todo o povo comemorasse a Festa da Páscoa em honra do SENHOR, o Deus deles, conforme estava escrito no Livro da Aliança.

22 Desde a época em que os juízes governavam o país, nunca havia sido feita uma Festa da Páscoa como essa, por nenhum dos reis de Israel ou de Judá.

23 Foi no ano dezoito do reinado de Josias que essa Páscoa foi festejada em Jerusalém, em honra de Deus, o SENHOR.

24 A fim de cumprir as leis escritas no livro que Hilquias, o Grande Sacerdote, havia achado no Templo, o rei Josias retirou de Jerusalém e do resto de Judá todos os médiuns e adivinhos e todos os deuses do lar, os ídolos e todos os outros objetos de adoração pagã.

25 Não houve antes nenhum rei como ele, que servisse a Deus, o SENHOR, com todo o seu coração, mente e força, obedecendo a toda a Lei de Moisés; e depois nunca houve outro rei igual a ele.

26 Mas a ira terrível do SENHOR havia sido provocada contra Judá por causa das coisas que o rei Manassés havia feito e essa ira ainda não havia passado.

27 O SENHOR disse: —Eu farei com Judá o mesmo que fiz com Israel: expulsarei da minha presença o povo de Judá e rejeitarei Jerusalém, a cidade que escolhi, e o Templo, o lugar onde eu disse que seria adorado.

28 Todas as outras coisas que o rei Josias fez estão escritas na História dos Reis de Judá.

29 Durante o reinado de Josias, Faraó Neco, rei do Egito, levou o seu exército até o rio Eufrates para ajudar o rei da Assíria. O rei Josias saiu para lutar contra o rei Neco, em Megido, e foi morto em batalha.

30 Os seus oficiais puseram o corpo dele num carro de guerra e o levaram de volta para Jerusalém, onde foi sepultado no seu túmulo. O povo de Judá escolheu Joacaz, filho de Josias, e o ungiu como rei em lugar do seu pai.

31 Joacaz tinha vinte e três anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou três meses em Jerusalém. A mãe dele se chamava Hamutal e era filha de Jeremias, da cidade de Libna.

32 Seguindo o exemplo dos seus antepassados, Joacaz fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR.

33 O seu reinado acabou quando o rei Neco mandou prendê-lo em Ribla, na terra de Hamate, e obrigou o povo de Judá a entregar três mil e quatrocentos quilos de prata e trinta e quatro quilos de ouro.

34 Faraó Neco pôs Eliaquim, filho de Josias, como rei de Judá, no lugar de Josias, o seu pai, e mudou o nome dele para Jeoaquim. Joacaz foi levado pelo rei Neco para o Egito e morreu ali.

35 O rei Jeoaquim cobrou do povo um imposto de acordo com as posses deles, a fim de juntar a prata e o ouro necessários para pagar o que o rei do Egito havia exigido.

36 Jeoaquim tinha vinte e cinco anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou onze anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Zebida e era filha de Pedaías, da cidade de Ruma.

37 Seguindo o exemplo dos seus antepassados, Jeoaquim fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR.


2 REIS CAPITULO 24

1 Durante o reinado de Jeoaquim, o rei Nabucodonosor, da Babilônia, invadiu Judá, e durante três anos Jeoaquim foi dominado por ele, mas depois se revoltou.

2 Para destruir Judá, o SENHOR Deus fez conforme tinha dito pelos seus servos, os profetas, isto é, ele mandou contra Jeoaquim bandos armados de babilônios, sírios, moabitas e amonitas.

3 Isso aconteceu com Judá por ordem do SENHOR para expulsar o povo de Judá da sua presença, por causa de todos os pecados que o rei Manassés havia cometido

4 e principalmente por causa de todas as pessoas inocentes que ele havia matado. O SENHOR não quis perdoar Manassés por esse pecado.

5 Tudo o que Jeoaquim fez está escrito na História dos Reis de Judá.

6 Jeoaquim morreu, e o seu filho Joaquim ficou no lugar dele como rei.

7 O rei do Egito nunca mais saiu da sua terra com o seu exército, pois o rei da Babilônia havia conquistado todas as terras que tinham sido do Egito, desde o rio Eufrates até a fronteira norte do Egito.

8 Joaquim tinha dezoito anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou três meses em Jerusalém. A mãe dele se chamava Neústa e era filha de Elnatã, de Jerusalém.

9 Seguindo o exemplo do seu pai, Joaquim fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR.

10 Foi durante o reinado de Joaquim que o exército da Babilônia, comandado pelos oficiais do rei Nabucodonosor, marchou contra Jerusalém e cercou a cidade.

11 Enquanto a cidade estava cercada, o próprio rei Nabucodonosor foi até lá,

12 e o rei Joaquim, a sua mãe, os seus filhos, os seus oficiais e os funcionários do palácio se entregaram aos babilônios. No oitavo ano do reinado de Nabucodonosor, ele levou Joaquim como prisioneiro.

13 Também levou para a Babilônia todos os tesouros do Templo e do palácio. Conforme o SENHOR tinha dito, Nabucodonosor quebrou todos os objetos de ouro que o rei Salomão tinha feito para serem usados no Templo.

14 Nabucodonosor levou como prisioneiros toda a gente de Jerusalém, todos os príncipes e todos os cidadãos mais importantes, dez mil pessoas ao todo. Levou também todos os artesãos, incluindo os ferreiros. Ficaram em Judá somente as pessoas mais pobres.

15 Nabucodonosor levou Joaquim para a Babilônia como prisioneiro, junto com a mãe dele, as suas esposas, os seus oficiais e as pessoas mais importantes de Judá.

16 Nabucodonosor mandou todos os homens importantes para a Babilônia, sete mil ao todo, e mil artesãos, incluindo os ferreiros, todos eles treinados para lutar na guerra.

17 Nabucodonosor colocou Matanias, o tio de Joaquim, como rei de Judá e mudou o nome dele para Zedequias.

18 Zedequias tinha vinte e um anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou onze anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Hamutal e era filha de Jeremias, da cidade de Libna.

19 O rei Zedequias fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR, como o rei Joaquim havia feito.

20 O SENHOR ficou tão irado contra o povo de Jerusalém e de Judá, que os afastou da sua presença.


2 REIS CAPITULO 25

1 Zedequias se revoltou contra o rei Nabucodonosor, da Babilônia. Então Nabucodonosor veio com todo o seu exército e atacou a cidade de Jerusalém no dia dez do décimo mês do ano nove do reinado de Zedequias. Eles acamparam fora da cidade e construíram rampas de ataque ao redor dela.

2 Ficaram cercando a cidade até o ano onze do reinado de Zedequias.

3 No dia nove do quarto mês do mesmo ano, quando a cidade estava apertada pela fome, e não havia comida para o povo,

4 os babilônios conseguiram abrir uma brecha na muralha da cidade. Embora eles estivessem em volta da cidade, todos os soldados israelitas fugiram durante a noite. Eles saíram pelo caminho do jardim do rei, foram pelo portão que ligava as duas muralhas e fugiram na direção do vale do Jordão.

5 Mas o exército dos babilônios perseguiu o rei Zedequias, alcançou-o na planície de Jericó, e todos os seus soldados o abandonaram.

6 Zedequias foi preso e levado para o rei da Babilônia, que estava na cidade de Ribla. Ali Nabucodonosor pronunciou a sua sentença contra Zedequias.

7 Mataram os seus filhos na frente dele. Então Nabucodonosor mandou furar os olhos de Zedequias e prendê-lo com correntes de bronze; depois o levaram para a Babilônia.

8 No dia sete do quinto mês do ano dezenove do reinado de Nabucodonosor, da Babilônia, Nebuzaradã, conselheiro do rei e comandante-geral do seu exército, entrou em Jerusalém.

9 Ele incendiou o Templo, o palácio do rei e as casas de todas as pessoas importantes de Jerusalém,

10 e os seus soldados derrubaram as muralhas da cidade.

11 Então Nebuzaradã levou para a Babilônia as pessoas que haviam sido deixadas na cidade, o resto dos operários especializados e aqueles que haviam passado para o lado dos babilônios.

12 Mas deixou em Judá algumas das pessoas mais pobres e as pôs para trabalhar nas plantações de uvas e nos campos.

13 Os babilônios quebraram as colunas de bronze e as carretas que estavam no Templo e também o grande tanque de bronze. Então levaram todo o bronze para a Babilônia.

14 Também levaram embora as pás e as vasilhas usadas para carregar as cinzas do altar. Levaram ainda as tesouras de cortar pavios de lamparinas, as vasilhas de queimar incenso e todos os outros objetos de bronze usados no serviço do Templo.

15 Nebuzaradã levou embora tudo o que era feito de ouro ou de prata, incluindo as vasilhas pequenas e os pratos de carregar brasas.

16 Não foi possível calcular o peso dos objetos de bronze que o rei Salomão havia feito para o Templo, isto é, as duas colunas, as carretas e o grande tanque, pois eram pesados demais.

17 As duas colunas eram iguais, e cada uma tinha oito metros de altura, com um remate de bronze no alto, que media um metro e trinta de altura. Em toda a volta do remate havia um enfeite rendilhado e com romãs de bronze.

18 Nebuzaradã, o comandante-geral do exército babilônio, também levou como prisioneiros Seraías, o Grande Sacerdote, e Sofonias, o segundo sacerdote, e os três outros oficiais de importância do Templo.

19 Da cidade ele levou o oficial que tinha sido o comandante das tropas, cinco conselheiros do rei que ainda estavam lá, o oficial encarregado de alistar homens para o exército e mais sessenta homens importantes.

20 Nebuzaradã os levou ao rei da Babilônia, que estava na cidade de Ribla,

21 na terra de Hamate. Ali o rei mandou surrá-los e depois matá-los. Assim o povo de Judá foi levado como prisioneiro para fora da sua terra.

22 O rei Nabucodonosor, da Babilônia, colocou Gedalias, filho de Aicã e neto de Safã, como governador de Judá e o encarregou de todos aqueles que não haviam sido levados para a Babilônia.

23 Os oficiais e os soldados israelitas que não se haviam entregado souberam disso e foram se encontrar com Gedalias em Mispa. Esses oficiais eram: Ismael, filho de Netanias; Joanã, filho de Careá; Seraías, filho de Tanumete, da cidade de Netofa; e Jazanias, de Maacá.

24 Gedalias disse a eles: —Eu dou a minha palavra que vocês não precisam ter medo dos oficiais babilônios. Fiquem morando nesta terra, trabalhem para o rei da Babilônia, e tudo correrá bem para vocês.

25 Porém, no sétimo mês daquele ano, Ismael, filho de Netanias e neto de Elisama, que era da família do rei, foi até Mispa com dez homens, atacou Gedalias e o matou. Também matou os israelitas e babilônios que estavam ali com ele.

26 Então todos os israelitas, tanto os mais importantes como os mais humildes, junto com os oficiais do exército, saíram e foram para o Egito, pois estavam com medo dos babilônios.

27 No ano em que Evil-Merodaque se tornou rei da Babilônia, ele foi bondoso com o rei Joaquim, de Judá, e o libertou da prisão. Isso aconteceu trinta e sete anos, onze meses e vinte e sete dias depois que Joaquim havia sido levado como prisioneiro.

28 Evil-Merodaque tratou Joaquim com bondade e lhe deu uma posição mais alta do que a dos outros reis que eram prisioneiros com ele na Babilônia.

29 E assim deixaram que Joaquim tirasse as suas roupas de prisioneiro e vestisse as suas próprias roupas e comesse junto com o rei pelo resto da sua vida.

30 E todos os dias, enquanto viveu, recebeu do rei uma pensão para o seu sustento.


Pastor. Antonio Santana

Missionária. Maria Antonia

Para Louvar a DEUS

as Gemeas

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